Construção, que deve começar ainda este ano, custará R$ 310 milhões. Obra que será erguida na Praia da Beira, na localidade de Itaoca, servirá para escoar a produção do Comperj
Um Polo Industrial na Praia da Beira, em Itaoca, começará a ser erguido em breve em São Gonçalo e dará nova cara ao município. E o início dessa transformação se dará a partir da construção do porto – que servirá para escoar a produção do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) e será feito pela Petrobras em parceria com o Governo do Estado e a Prefeitura de São Gonçalo –, e deve começar a sair do papel depois das eleições, quando o contrato será assinado.
Segundo o deputado Alexandre Santos (PMDB) – um dos articuladores do projeto – a obra deverá gerar cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos durante sua implantação, e deverá custar, em princípio, R$ 310 milhões à estatal e ao Governo do Estado. Para a Prefeitura de São Gonçalo, a construção do porto será seguida da instalação de um polo industrial que trará desenvolvimento para a cidade no setor naval, atraindo a instalação de novas empresas, que irão gerar renda e tributos para o município.
O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, anunciou oficialmente a construção da estrutura na semana passada – durante evento do setor – e confirmou que o projeto prevê um porto com 8,5 metros de profundidade e uma retroárea para receber os equipamentos do Comperj, além da pavimentação de uma estrada ligando o local ao complexo. “Isso nós vamos fazer porque nós precisamos fazer, mas, obviamente, o Estado do Rio e a Prefeitura têm interesse em ampliar essa área porque é bem posicionada”, disse Costa.
Segundo o diretor, em uma possível ampliação, poderão ser feitas áreas de apoio offshore, áreas de construção de módulos e de embarcação. No entanto, o trabalho será da Prefeitura, frisou ele.
Ampliação – E essa expansão, segundo a subsecretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Renata Cavalcanti, será responsável pela transformação do local num Polo Industrial para área naval e offshore, com 1 milhão de metros quadrados. “A construção do porto é estratégica para a Petrobras e para a Prefeitura de São Gonçalo, que poderá ampliar a estrutura a ser criada pela estatal, além da criação de uma área onde irão se instalar empresas da área naval e petrolífera. Acredito que pelo menos 4 mil empregos podem ser gerados com essa nova estrutura”, explica.
Para a prefeita de São Gonçalo, Aparecida Panisset, a construção do porto é uma vitória e vai fazer com que a cidade seja vista de outra maneira.
Atrativos para exportação
A Petrobras deve fechar, em breve, acordo com o Governo do Rio e a Prefeitura de São Gonçalo para dar início aos estudos finais da obra. Costa não revelou o valor do investimento, mas adiantou que serão necessários uma dragagem de 8,5 metros e a construção de uma estrada com 20 quilômetros de extensão para ligar o porto ao Comperj, que tem 90% das obras de terraplenagem definidas, segundo o diretor. “O acordo está em análise jurídica, e esperamos fechar logo”, afirmou, antes de participar da Rio Oil and Gas, na semana passada.
Com um investimento de R$ 310 milhões, segundo o deputado Alexandre Santos, este vai ser o maior porto do Rio de Janeiro e será construído na Praia da Beira, com capacidade de receber sete navios de grande porte, simultaneamente.
Para facilitar a chegada de grandes peças, que serão usadas na construção do complexo, e a saída de toda matéria-prima, a Praia da Beira vai passar por obras de dragagem de aprofundamento, a fim de permitir que embarcações de grande porte façam carga e descarga, deixando São Gonçalo atrativo para a importação e exportação de produtos.
De acordo com Alexandre Santos, a estrada que ligará Itaoca a Itambi, em Itaboraí, onde fica o Comperj – e passará pelos bairros de Itaoca, Fazenda dos Mineiros, Jardim Catarina, Ipuca e Guaxindiba –, receberá pavimentação especial para suportar a quantidade de tráfego que irá circular pela via com material do complexo. Ele explica ainda que está sendo estudada a forma como serão retiradas e indenizadas cerca de 1,4 mil famílias que vivem ao longo da via. “O píer será um porto não só para transportar equipamentos para o Comperj, como manter a atividade permanente, para escoar a produção local”, explica o deputado.(O Fluminense)
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