domingo, 19 de setembro de 2010

Cracudos estão assombrando

 
Zumbis da droga estão soltos em terreno na Luz
 
São Paulo - A montanha de entulho que se acumulou após a demolição de um prédio, localizado no meio da Cracolândia, se tornou ponto de reunião dos usuários de crack, que vagam, como zumbis, pelo terreno. Atrás de uma lasquinha de "pedra", jogada ali para se safar da polícia, eles cavam a terra e desprezam aquilo que não os agrada. São garimpeiros em busca do que consideram valioso.

O Guarda Civil Metropolitano Edson, que trabalha na região há mais de 2 anos, conta o que rola por lá: "O tráfico na Cracolândia é feito pelos próprios usuários da droga. Eles compram uma pedra grande de crack e a cortam em pedacinhos bem pequenos, que serão revendidos a um ou dois reais. Vem daí o lucro dele, que vai ser todo revertido em outra quantidade de crack. Por isso não são realizadas grandes apreensões. O cara que vende é também refém do efeito da droga. Se não tirarem essa gente de lá, nada vai mudar".

Durante os últimos dias, a reportagem do MEIA HORA acompanhou de perto a rotina dos usuários de crack na Cracolândia. Calcula-se que entre 300 e 400 circulem e morem por ali. Chegam a 1000, se esse número incluir os viciados que passam para comprar crack.

A média de idade dos usuários é de 20 a 30 anos, homens e mulheres. Há crianças também - até de 10 anos. Muitos dos usuários aparentam ser bem mais velhos que a idade informada: o vício os deixa raquíticos e envelhecidos.

O que se vê no local assusta. Pessoas que sobrevivem em condições subumanas. Fome, sede e higiene não fazem parte da rotina dos viciados. Para comprar o crack, realizam furtos em semáforos e roubam pedestres.
A Guarda Civil Metropolitana - 35 homens, no total - tenta neutralizar o tráfico, mas é impossível. Cachimbos artesanais, antenas de automóvel, facas, pedras de crack - tudo é apreendido. Mas não adianta. Os viciados arrumam outros. Muitos acabam morrendo ali.(Meia Hora)

"O que eu fico pasmo é ver o José Serra na TV falando que resolveu este problema em São Paulo e que vai resolver no Brasil quando for presidente. É muita CARA-DE-PAU"


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