sábado, 18 de setembro de 2010

MP denuncia policiais rodoviários federais por formação de quadrilha

Dez policiais rodoviários federais foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) acusados de formação de quadrilha por crimes como corrupção, prevaricação e concussão.

Entre os denunciados, estão o candidato a deputado federal Marcelo Lessa, chefe substituto da Seção de Policiamento e Fiscalização da PRF/RJ, o chefe do posto da PRF em Pavuna, Erly Simões, e o braço-direito de Lessa, Antonio Marcio Rodrigues de Matos, que tiveram a prisão preventiva e o sequestro de bens decretados. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

O superintendente regional da PRF/RJ, Carlos Hamilton Fernandes Pinheiro, o chefe da Seção de Policiamento e Fiscalização, Eugenio Nemirovsky, o corregedor regional, Cristiano Moraes da Silva, e o gerente operacional das viações Rubanil e Tinguá, Antonio Ferreira, também faziam p-arte da quadrilha.


Dinheiro de propina para campanha eleitoral

Eles liberaram irregurlamente veículos apreendidos pela PRF na Via Dutra. O líder da quadrilha também atuava junto a empresas de ônibus, como a Rubanil, a Transmil e a Tinguá, para usar parte de suas frotas para atividades em benefício de comunidades carentes da região, visando proveito político. Marcelo Lessa ainda usava veículos da PRF para propaganda de sua empresa Autoshopping Dutra e para sua promoção pessoal.

Uma interceptação telefônica autorizada pela Justiça revelou que, em abril de 2010, Marcelo Lessa acompanhou a extorsão a um comerciante chinês abordado por policiais rodoviários na Via Dutra com R$ 150 mil. Após o pagamento de uma propina, Lessa ofereceu "trânsito livre" ao estrangeiro, condicionado ao pagamento de R$ 10 mil para sua campanha eleitoral.(SRZD)

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