segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Projeto de trânsito para Niterói entra em nova fase

 

Edital para a construção do mergulhão na Avenida Marquês do Paraná, no Centro, deve sair nos próximos dias. Outras intervenções estão previstas ainda para o primeiro semestre de 2011

A Prefeitura de Niterói deve lançar nos próximos dias o edital para a construção do mergulhão na Avenida Marquês do Paraná. Segundo fontes ligadas ao prefeito Jorge Roberto Silveira (PDT), o projeto já está pronto faltando apenas a liberação da Secretaria de Serviços Públicos, Trânsito e Transporte. A obra, juntamente com a construção do BRT (Bus Rapid Transit) ligando Centro-Charitas-Largo da Batalha, faz parte das intervenções do Projeto Lerner, anunciadas pelo prefeito na última terça-feira que devem começar ainda no primeiro semestre deste ano. O  Jornal Fluminense teve acesso com exclusividade aos projetos dos novos terminais.

“A implantação do mergulhão e do BRT vai mudar o sistema de trânsito na cidade. Lerner apontou que um dos principais problemas da cidade é o excesso de ônibus circulando no mesmo trajeto. Vamos diminuir drasticamente o fluxo de coletivos nas principais avenidas e ruas de Niterói”, afirma o presidente da Niterói Transporte e Trânsito (NitTrans), Sérgio Marcolini, um dos responsáveis pela implementação do novo  plano de tráfego.


Baseado no modelo de modernização do trânsito de Curitiba, o ex-prefeito da capital paranaense projetou para Niterói um sistema de transporte sustentado no funcionamento de linhas de ônibus de forma semelhante a um metrô de superfície. Segundo o projeto, serão cinco terminais na cidade – sendo dois principais: um no Largo da Batalha e outro no Terminal Rodoviário João Goulart, e três de integração no Caramujo, Charitas e na Região Oceânica.

“O sistema é o mesmo implantado em Curitiba. Estamos avaliando somente se haverá uma modificação na arquitetura do layout dos terminais”, explica Marcolini.


O projeto elaborado pela equipe técnica de Jaime Lerner, em 2009, apontou como principal problema da cidade a falta de opções para obras viárias. Para isso, o arquiteto propôs o alargamento da Avenida Marquês do Paraná e a criação de um mergulhão para diminuir o congestionamento na principal via de acesso à Ponte Rio-Niterói. A estimativa é que as novidades exigirão investimentos de R$ 205 milhões. 


Terminais – Nos planos desenvolvidos pela equipe Lerner, 94 ônibus de modelos articulados ou padrão, farão a ligação entre os terminais. O passageiro não precisará pagar uma nova passagem ao desembarcar em uma das estações para pegar outro ônibus. Com isso, cerca de 300 veículos deixarão de circular na cidade. Outros trezentos coletivos farão a alimentação do corredor principal, procedentes dos bairros da cidade. Atualmente, o sistema opera com 600 ônibus, transportando diariamente 235 mil passageiros, capacidade que será ampliada com o novo modelo proposto. 

“Não vai ter ônibus morto, circulando vazio. Vamos otimizar o espaço da rua que é caro em uma cidade com quase 300 mil veículos circulando todos os dias”, conclui Marcolini.

Ainda estão previstas no projeto do arquiteto Jaime Lerner alternativas de transporte marítimo, na travessia da Baía de Guanabara, ligando o Rio a Niterói e São Gonçalo. Além de modificações em ruas auxiliares às principais vias da cidade.(O Fluminense)

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