segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Paredão Felipe garante o Fla sobre o Bota nos pênaltis

Goleiro rubro-negro defende duas cobranças depois do empata em 1 a 1 no tempo normal. Final será contra o Boavista

 

Esse filme já é conhecido. Na disputa de pênaltis, o Flamengo venceu o Botafogo, neste domingo, no Engenhão, e se garantiu na final da Taça Guanabara. Após um clássico alucinante, que terminou com empate em 1 a 1 (gols de Ronaldo Angelim e Loco Abreu), o goleiro Felipe, com duas defesas, garantiu a classificação rubro-negra.

O Flamengo encara o Boavista no próximo domingo, no Engenhão, pela final da Taça Guanabara. Já o Botafogo se concentra na Copa do Brasil, pela qual estreia na quarta-feira, contra o River Plate (SE), em Aracaju.


FLA DOMINA PRIMEIRA ETAPA E LARGA NA FRENTE
Já se passou um ano desde a surpreendente classificação do Botafogo sobre o Flamengo na semifinal da Taça Guanabara. Na ocasião, o técnico Joel Santana descobriu a fórmula que pôs um fim à então soberania rubro-negra. Doze meses depois, as duas equipes se encontraram na mesma fase da mesma competição. O Glorioso, do mesmo Papai Joel, seguiu recorrendo à velha fórmula: três zagueiros fechados e dois alas avançando no contra-ataque levantando bolas para Herrera e Loco Abreu. 

Mas o Flamengo de 2011 entrou para o clássico com a experiência do último fracasso. Daquele elenco, quase ninguém sobrou, mas as lições foram passadas para aqueles que chegaram.

A primeira medida tomada pelo técnico Vanderlei Luxemburgo foi fechar o miolo de zaga para escorar o "chuveirinho" do rival. Os três defensores (David, Welinton e Angelim) formaram um bloqueio para Loco Abreu. Enquanto isso, a movimentação dos meias Ronaldinho Gaúcho, Thiago Neves e até do volante Willians (quem por vezes, se tornou um ponta pela direita), prendiam demais os laterais alvinegros. 

Os primeiros 45 minutos foram de bastante equilíbrio. Com duas marcações fortes, a diferença estaria na qualidade técnica. E, neste quesito, o Fla era superior. 

Ronaldinho, bastante marcado por Rodrigo Mancha, passou a etapa inicial de forma discreta. Coube ao seu companheiro de criação, Thiago Neves, desequilibrar. Com bastante movimentação, o camisa 7 criou espaços, sofreu faltas perigosas, e, aos 15 minutos, assistiu o primeiro gol da partida, marcado pelo zagueiro Ronaldo Angelim, ao melhor estilo 'hexa': de cabeça, em cobrança de escanteio. 

O vantagem não modificou muito a postura do jogo. O Rubro-Negro permaneceu tomando a iniciativa no ataque. Léo Moura e Thiago Neves tivaram boas chances de ampliar. O goleiro Jefferson salvou uma delas com uma defesa espetacular em cabeçada do camisa 7.

A única chance de real perigo antes do intervalo aconteceu aos 30 minutos. Márcio Azevedo aproveitou escorada de Loco e chutou de meia-bicicleta. A bola passou com perigo.


JOEL MUDA, BOTA EMPATE, E CLÁSSICO VAI PARA OS PÊNALTIS
Joel Santana promoveu uma alteração na volta do intervalo. Márcio Azevedo deixou o jogo para a entrada de Éverton. E a estrela do técnico não demorou muito a entrar em cena. Logo aos três minutos, em jogada iniciada por Éverton, Loco Abreu igualou o placar. 

Aos 11 minutos, quase o segundo alvinegro. Outra vez o ex-rubro-negro apareceu pela esquerda, cruzou na cabeça de Loco Abreu, mas Felipe evitou a virada com bela defesa. 

O Botafogo era melhor. Percebendo a inoperância do setor ofensivo, Luxemburgo sacou o atacante Deivid e colocou o jovem Guilherme Negueba. Em pouco tempo, a revelação da Gávea perturbou a defesa adversária. Aos 18, avançou bem pela direita e cruzou para Ronaldinho no meio. Mas o craque acabou travado pela zaga.

A ousadia do garoto inspirou os "figurões" rubro-negros. O Botafogo recuou e o Fla retomou o controle da partida. Aos 22, R10 quase fez um belo gol, mas Jefferson, num leve desvio, colocou a bola para fora.

A partir dos 30 minutos, o duelo voltou ao equilíbrio. O clássico tomou um ritmo alucinante. Os dois times partiram para o ataque. Foi a vez de os goleiros Felipe e Jefferson brilharem com belas defesas. No fim, outro empate no Clássico da Rivalidade, que, assim como nos últimos anos, ficou para ser decidido nas grandes penalidades.


PAREDÃO FELIPE COLOCA FLA NA FINAL

Na disputa por pênaltis, o goleiro Felipe fez a torcida rubro-negra lembrar os bons tempos de Bruno. Léo Moura, Fernando e Renato Abreu fizeram para o Fla. Já o paredão rubro-negro agarrou as cobranças de Éverton e Somália. Na batida derradeira, Renato Cajá jogou para fora. O zagueiro Márcio Rosário fez o único gol alvinegro na disputa.

FICHA TÉCNICA:
FLAMENGO 1 (3) X (1) 1 BOTAFOGO
Estádio: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 20/2/2011 - 16h (de Brasília)
Árbitro: Luis Antônio Silva dos Santos (RJ)
Auxiliares: Ricardo Maurício Ferreira de Almeida (RJ) e Eduardo de Souza Couto (RJ)
Público/ Renda: 26.684 pagantes/ R$ 805.645,00
Cartões Amarelos: Willians, Deivid, David, Thiago Neves (FLA); Herrera, Renato Cajá, Mancha (BOT)
GOLS: Ronaldo Angelim, aos 15'/ 1ºT (FLA); Loco Abreu, aos 3'/2ºT (BOT)

Pênaltis:
Márcio Rosário (fez, 0-1); Léo Moura (fez, 1-1); Éverton (perdeu, 1-1); Renato Abreu (fez, 2-1);  Somália (perdeu, 2-1); Fernando (fez, 3-1); Renato Cajá (perdeu, 3-1)

FLAMENGO: Felipe, Léo Moura, Welinton, David e Ronaldo Angelim (Diego Maurício, aos 36'/ 2ºT); Fernando, Willians, Renato, Thiago Neves e Ronaldinho; Deivid (Negueba, aos 13'/2ºT). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

BOTAFOGO: Jefferson, Alessandro, Antônio Carlos, Márcio Rosário e Márcio Azevedo (Éverton, intervalo); Arévalo (Araruama, aos 45'/2ºT), Rodrigo Mancha, Somália e Renato Cajá; Herrera (Caio, aos 30'/2ºT) e Loco Abreu. Técnico: Joel Santana.(Lancenet)

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