A concessionária Ampla informou que tratam-se de casos isolados, que podem ter ocorrido por motivos diversos e não necessariamente por aumento do consumo típico dessa época do ano
Moradores e comerciantes do Centro, Zona Sul e Região Oceânica reclamam dos constantes piques de energia elétrica em suas casas e estabelecimentos.
Em Icaraí, um dos pontos mais afetados, fica na Rua Álvares de Azevedo nas proximidades com a Avenida Roberto Silveira. É o que afirma João Antero Lorga, 63 anos, dono de um restaurante situado na esquina das duas vias.
“As quedas são rotineiras. Já perdi inclusive uma impressora. Isso acaba atrapalhando muito o atendimento e o cliente na fila não quer saber se o problema é seu ou não. Em sete meses de funcionamento tivemos pelo menos três interrupções no fornecimento de energia. Em uma das vezes, devido à explosão de um transformador à noite, fomos obrigados a fechar”, conta.
Ainda na Rua Álvares de Azevedo, o gerente comercial de um curso de informática, Ricardo Vasconcellos, pede providências.
“Essa é uma questão que preocupa muito. Ainda mais porque fornecemos cursos cuja principal ferramenta é o computador e não possuímos geradores. Solicitamos à concessionária de energia elétrica que avalie suas instalações”, requer.
Já Fábio Costa, 29 anos, dono de uma loja de colchões na Rua Visconde de Itaboraí, no Centro, afirma que teve o computador do caixa queimado após um pique de energia no ano passado.
“Sempre há quedas de energia. Elas duram poucos segundos e o serviço é normalizado em seguida. Às vezes, a luz nem chega a faltar, mas percebemos uma queda de fase”, conta.
Ainda no Centro, na Rua Visconde de Sepetiba, o problema persiste. É o que afirma o dono de uma loja de consertos de eletroeletrônicos.
“Você mede a voltagem agora e daqui a pouco ela já é outra. O fornecimento oscila muito. O serviço é assim o ano todo, mas, quando chega o verão, piora. Isso quando o transformador não explode, gerando um transtorno ainda maior”, afirma o técnico.
Na Região Oceânica, a situação se repete. O protético Antônio Carlos Curado, 52 anos, reclama que o problema só tem piorado. Morador da Avenida Conselheiro Paulo de Mello Calle (antiga Avenida 6), em Piratininga, onde possui um consultório odontológico, o profissional se sente lesado.
“Ficamos até quatro dias sem luz. Já procurei a Justiça, a Agência Reguladora de Energia Elétrica (Aneel), mas não deu em nada. Me sinto prejudicado, porque preciso de energia elétrica para exercer minha função. É um absurdo que em uma região que cresceu absurdamente, o transformador seja o mesmo utilizado há 30 anos, quando em vez de 30 mil casas existiam cerca de 30”, desabafa.
Com relação aos piques de energia relatados, a Ampla informou que tratam-se de casos isolados, que podem ter ocorrido por motivos diversos e não necessariamente por aumento do consumo de energia. A concessionária esclarece, ainda, que segue as regras da Aneel no que diz respeito aos procedimentos para ressarcimento em caso de prejuízos. O cliente lesado deve se encaminhar a uma loja da Ampla no prazo de 90 dias corridos, a contar da data provável da ocorrência do dano elétrico no equipamento.
Baixada – Vários bairros da Zona Oeste, Zona Norte e Zona Sul do Rio, além da Baixada Fluminense ficaram sem energia elétrica na manhã de ontem. Segundo a Light, o problema começou na noite de terça, quando a chuva provocou descargas elétricas e quedas de galhos de árvores sobre a rede. Na madrugada do último dia 28, a mais quente do ano, vários bairros do Rio, Niterói e São Gonçalo também ficaram sem luz.(O Fluminense)
Nenhum comentário:
Postar um comentário