A delegada titular da 22ª DP do Rio de Janeiro (Penha), Márcia Beck, foi detida na manhã desta sexta-feira durante a Operação Guilhotina da Polícia Federal. Ela foi encaminhada para a superintendência da instituição, no centro da cidade, para prestar esclarecimentos sobre o suposto envolvimento de policiais daquela distrital com milícias, contravenção e tráfico de drogas, entre outros crimes.
Agentes da PF realizaram mandados de busca e apreensão na 22ª DP nesta manhã. Pelo menos três policiais da delegacia tiveram mandados de prisão expedidos pela Justiça. Armários e veículos foram revistados, e uma caixa de munição, documentos e objetos dos suspeitos foram apreendidos para averiguação.
Na 17ª DP (São Cristóvão), outra delegacia alvo de buscas, nada foi apreendido. A distrital havia sido fechada nesta manhã para as investigações, mas já foi reaberta. Uma equipe de agentes foi à casa do delegado Carlos Antônio Luiz de Oliveira, ex-subchefe da Polícia Civil, com um mandado de prisão. Não encontrado, o policial é considerado foragido da Justiça.
Ação mobiliza pelo menos 580 homens
A Operação Guilhotina foi deflagrada pela PF na manhã desta sexta-feira, com o apoio de 200 agentes da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) e do Ministério Público Estadual (MP-RJ). O objetivo é cumprir 45 mandados de prisão preventiva - 11 contra policiais civis e 21 contra policiais militares -, e 48 mandados de busca e apreensão.
A Operação Guilhotina foi deflagrada pela PF na manhã desta sexta-feira, com o apoio de 200 agentes da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) e do Ministério Público Estadual (MP-RJ). O objetivo é cumprir 45 mandados de prisão preventiva - 11 contra policiais civis e 21 contra policiais militares -, e 48 mandados de busca e apreensão.
Cerca de 380 homens da PF participam da ação, que ainda investiga a ligação dos policiais com venda de armas e informações e o chamado "espólio de guerra", a apropriação de produtos de crime encontrados em operações policiais.
As investigações iniciaram a partir de vazamento de informações numa operação policial conduzida pela PF em 2009, cujo principal objetivo era prender o traficante Rupinol, que atuava na Favela da Rocinha ao lado de Nem, apontado como o chefe do tráfico na comunidade.
A partir daí, duas investigações paralelas foram iniciadas, uma da Corregedoria Geral Unificada da SSP e outra da Superintendência da PF. A troca de informações entre os serviços de inteligência das duas instituições culminou no trabalho conjunto desta manhã.(Terra)
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