Comerciantes reclamam de prejuízos e até delegacia é obrigada a suspender atendimento.Os apagões atingiram também as lojas do Terminal Rodoviário João Goulart
Moradores de Niterói e São Gonçalo reclamam que vêm sofrendo com recentes interrupções no fornecimento de energia elétrica. Desde segunda-feira foram registrados apagões em vários bairros da Zona Norte de Niterói. Em Venda da Cruz, São Gonçalo, abrigados no extinto 3° Batalhão de Infantaria (BI), ficaram sem luz das 18h30 de segunda-feira até 13h30 desta terça-feira. No local também funciona a 72ª DP (Mutuá), que foi obrigada a registrar manualmente as ocorrências durante o dia e dispensar quem procurou a delegacia à noite.
“Com isso, os serviços ficaram acumulados, sobrecarregando o plantão de hoje (terça-feira)”, contou o inspetor Câmara.
No Centro de Niterói ruas como a Visconde de Itaboraí, Maestro Felício Toledo e Coronel Gomes Machado enfrentam quedas de energia desde sexta-feira. Comerciantes reclamam dos prejuízos.
“Faltou luz hoje (terça-feira) durante uns 10 minutos por toda a rua. Foi por pouco tempo, mas o bastante para atrapalhar a minha produção e atrasar o horário do almoço. Felizmente desta vez não deu para estragar a comida, porém se fosse por mais um pouco de tempo, com certeza teria que jogar tudo fora e consequentemente teria um prejuízo bem maior”, contou Rafael Grando, de 24 anos, gerente de um restaurante na Rua Coronel Gomes Machado.
Os apagões atingiram também as lojas do Terminal Rodoviário João Goulart, que ficara às escuras.
”Quando falta luz o sistema cai e o caixa não registra nenhum pedido dos clientes. Por causa disso, preciso escrever à mão, dando mais trabalho para mim”, contou a comerciária Jéssica Bernardo da Silva, de 21, que trabalha em uma lanchonete.
Tatiane Vitorino, de 31, gerente de outra loja, lembra que na última sexta-feira, já havia sofrido com outro apagão, que também deixou sem luz parte do Centro de Niterói.
“Na ocasião ficamos 2 horas sem luz. A máquina do cartão de crédito não funcionou, deixando os clientes furiosos, porque teriam que pagar em dinheiro. Muitos desistiram da compra”, lamentou ao lado da caixa Juliana dos Reis, mostrando as máquinas que ficaram fora de operação.
Em São Gonçalo o problema não é diferente. No 3° BI, desabrigados reclamaram do descaso.
“Ligamos na 2ª feira e a Ampla falou que ia mandar alguém. Mas vieram só hoje (terça-feira), às 12h30. E mesmo assim porque houve um chamado da delegacia que funciona nas mesmas dependências”, ressaltou o padeiro Vagner Neves, de 30.
Manifestação - Indignados com os constantes “apagões”, moradores da Rua Simões Lopes, no Gradim, fecharam a rua e queimaram pneus em protesto contra a concessionária de energia elétrica. A polícia foi chamada para acalmar os manifestantes e desobstruir a via.
“Ficamos sem luz desde as 15 horas de 2ª feira. A energia só retornou hoje (terça-feira) após a manifestação. Será que a Ampla só toma providências quando as pessoas botam fogo nas coisas e fecham a rua?”, questionou indignado o pintor Rosildo Estênio dos Santos, de 47 anos.
Moradores da localidade também reclamam dos prejuízos causados pela demora no restabelecimento da energia elétrica.
“A minha televisão queimou e a Ampla informou que levaria ainda 20 dias para mandar uma carta respondendo ao meu pedido de conserto do aparelho”, contou a dona de casa Luciana de Almeida, de 38 anos.
Outra moradora, a decoradora de eventos Tânia Márcia Lopes da Silva, de 50, reclama do calor e da comida que estragou na geladeira.
“Ficamos abandonados. Nós ligamos mais de 20 vezes para a Ampla e nada”, desabafou.
A Ampla informou que os fortes ventos de terça-feira em São Gonçalo provocaram a queda de árvores e galhos sobre a rede em algumas ruas dos bairros Gradim, Paraíso e Porto da Pedra. Equipes foram ao local e já resolveram o problema. Em relação à interrupção em algumas ruas no Centro de Niterói, teria sido ocasionada por um defeito na Linha de Transmissão que atende à região e a causa do defeito ainda está sendo apurada.(O Fluminense)
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