O tenente-coronel Paulo Henrique deixou o comando do Batalhão de Operações Especiais e assume o posto que era do tenente-coronel Ruy França, transferido para o 3º BPM (Méier)
Foi realizada na tarde desta terça-feira a cerimônia de troca de comando do 12° BPM (Niterói). O tenente-coronel Ruy França passou o cargo para o tenente-coronel Paulo Henrique Azevedo de Moraes, que deixou o comando do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Cerca de 50 “caveiras” participaram da solenidade, além do comandante do 4º Comando de Policiamento de Área (CPA), Paulo Augusto do Couto Mouzinho.
“A população precisa ver os policiais na rua, vamos investir no policiamento a pé. Em uma cidade com problemas viários como Niterói, não faz sentido ter viaturas presas no trânsito”, disse Paulo Henrique ao assumir novo comando.
Ele também afirmou que vai passar as próximas noites lendo relatórios sobre os problemas da cidade, antes de montar seu esquema de segurança.
“Vamos impor nosso ritmo de trabalho, mas já podemos garantir para a população que mesmo com as intensas operações no Rio, não vamos deixar nenhuma comunidade de Niterói ter o território dominado pelo tráfico de drogas, como por exemplo era o Complexo do Alemão”, prometeu.
Morador da cidade, assim como seu antecessor, ele revelou que seu maior desafio em Niterói será aumentar a sensação de segurança da população.
“Sinto que preciso levantar o astral da cidade. Não sei se pela tragédia do Bumba ou por um sentimento de orfandade ao ver Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) sendo instaladas em outras áreas do estado, acredito que Niterói esteja precisando de ânimo”, avaliou.
Paulo Henrique avisou que não está prevista a implantação de UPPs na cidade, mas que isso não quer dizer que os niteroienses não venham a conviver policiamento comunitário.
“Todo o policiamento tem que estar em contato com a comunidade. Eu mesmo trabalho sempre em parceria com a população. É através dela que tomo conhecimento das carências do local”, justificou.
O comandante descartou que tenha sido escolhido para ficar à frente do Batalhão de Niterói pelo fato de ser um “caveira”.
“Não teve a ver com uma migração do tráfico do Rio para Niterói e sim porque eu sou morador da cidade e já trabalhei sete anos na unidade. O fato de ser niteroiense vai dar mais agilidade e velocidade para analisar os problemas“, justificou.
Ao se despedir do batalhão, o tenente-coronel Ruy França, destacou um dos principais problemas que seu sucessor enfrentará.
“Diminuir a quantidade de assaltos a residências era um dos meus objetivos, que agora passo para o tenente-coronel Paulo Henrique. Tenho certeza de que o batal hão vai estar em ótimas mãos”, avaliou França, lembrando que os dois já trabalharam juntos durante 6 anos no 12° BPM.
Currículo - O novo comandante liderou o Bope durante a recente ocupação dos complexos da Penha e do Alemão, no Rio. Ele é formado em instrução de tiro, segurança de autoridades, ciências contábeis, políticas públicas de segurança e tem pós-graduação em estratégia. Os últimos três cursos, feitos na Universidade Federal Fluminense (UFF). Paulo Henrique comandou também a Diretoria Geral de Segurança do Tribunal de Justiça do Rio (TJ).
Estiveram presentes na cerimônia, entre outros, o subsecretário de Governo da Região Metropolitana, Alexandre Felipe, a secretária municipal de educação, Maria Inês Azevedo de Oliveira, o deputado estadual eleito, Felipe Peixoto (PDT), e os vereadores Beto da Pipa (PMDB), João Gustavo (PMDB) e Renato Cariello (PDT).(O Fluminense)
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