Um avião construído por alunos e professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) quebrou quatro recordes mundiais, ontem e hoje, na categoria C1A0, que engloba modelos com motor a pistão, hélice e peso total de decolagem de até 300 quilos. “Nunca na história da aviação brasileira houve sequer a tentativa de quebrar recordes mundiais com aeronave motorizada”, disse, orgulhoso, o professor de Engenharia Aeronáutica da UFMG e coordenador do projeto, Paulo Iscold.
A aeronave CEA 308 bateu ontem o recorde russo de tempo de subida até três mil metros de altitude – baixou de 13 minutos e 40 segundos para 8 minutos e 15 segundos. Também deixou para trás ontem duas marcas que pertenciam a norte-americanos: velocidade em linha reta em 15 quilômetros – atingiu 329 km/h contra 292 km/h – e velocidade de ida e volta em cem quilômetros, chegou a 326 km/h ante 297 km/h. Hoje foi a vez de superar os austríacos na velocidade em linha reta em três quilômetros – 360 km/h contra 351 km/h.
Questionado sobre o que representa a quebra desses recordes para a aviação, Iscold comparou o projeto com carros de corrida. “Você não vai ver um carro de corrida ser vendido numa loja, mas detalhes dele podem ser usados na construção de carros de passeio. Funciona da mesma forma com o avião”, explicou. Ele também disse que fica muito satisfeito em poder contribuir com a formação de alunos da UFMG no curso de Engenharia da Aeronáutica. “Vale ainda para mostrar que o Brasil é capaz de desenvolver tecnologia de ponta, sem precisar recorrer a outros países.”
A aeronave CEA 308 bateu ontem o recorde russo de tempo de subida até três mil metros de altitude – baixou de 13 minutos e 40 segundos para 8 minutos e 15 segundos. Também deixou para trás ontem duas marcas que pertenciam a norte-americanos: velocidade em linha reta em 15 quilômetros – atingiu 329 km/h contra 292 km/h – e velocidade de ida e volta em cem quilômetros, chegou a 326 km/h ante 297 km/h. Hoje foi a vez de superar os austríacos na velocidade em linha reta em três quilômetros – 360 km/h contra 351 km/h.
Questionado sobre o que representa a quebra desses recordes para a aviação, Iscold comparou o projeto com carros de corrida. “Você não vai ver um carro de corrida ser vendido numa loja, mas detalhes dele podem ser usados na construção de carros de passeio. Funciona da mesma forma com o avião”, explicou. Ele também disse que fica muito satisfeito em poder contribuir com a formação de alunos da UFMG no curso de Engenharia da Aeronáutica. “Vale ainda para mostrar que o Brasil é capaz de desenvolver tecnologia de ponta, sem precisar recorrer a outros países.”
As quebras de recorde contaram com a aferição da Comissão de Aerodesporto Brasileira (CAB), órgão vinculado à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e da National Aeronautic Association, entidade equivalente à CAB nos Estados Unidos, ambas representando a Federação Aeronáutica Internacional (FAI).
História
O projeto da aeronave mineira foi desenvolvido por Iscold em 1999 como trabalho de conclusão do curso de Engenharia Aeronáutica na UFMG. O primeiro voo ocorreu em 2001. “Naquela época as dificuldades eram muitas, a maior delas financeira”, disse. Em 2007 os voos passaram a ser regulares. O piloto que desde 2005 participa dos teste é Gunar Armin, ex-comandante da Varig.
Feito de materiais compostos, como fibra de vidro e espuma rígida, também chamada de espuma de PVC, o avião hoje possui 80 cavalos de potência, pouco mais que a potência de um carro de mil cilindradas, e atinge 360 km/h, velocidade superior a de carros de Fórmula 1. O peso da aeronave sem piloto, paraquedas e combustível é de 206 quilos. “Nessa categoria há limitação do peso em até 300 quilos, o que traz uma limitação de potência, porque é difícil conseguir no mercado motor leve e potente”, afirmou Iscold. – Renan Carreira.(Estado de São Paulo)
O projeto da aeronave mineira foi desenvolvido por Iscold em 1999 como trabalho de conclusão do curso de Engenharia Aeronáutica na UFMG. O primeiro voo ocorreu em 2001. “Naquela época as dificuldades eram muitas, a maior delas financeira”, disse. Em 2007 os voos passaram a ser regulares. O piloto que desde 2005 participa dos teste é Gunar Armin, ex-comandante da Varig.
Feito de materiais compostos, como fibra de vidro e espuma rígida, também chamada de espuma de PVC, o avião hoje possui 80 cavalos de potência, pouco mais que a potência de um carro de mil cilindradas, e atinge 360 km/h, velocidade superior a de carros de Fórmula 1. O peso da aeronave sem piloto, paraquedas e combustível é de 206 quilos. “Nessa categoria há limitação do peso em até 300 quilos, o que traz uma limitação de potência, porque é difícil conseguir no mercado motor leve e potente”, afirmou Iscold. – Renan Carreira.(Estado de São Paulo)
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