No ano, setor público economizou o equivalente a 2,9% do PIB; em 12 meses, esforço fiscal chegou a 2,96% do PIB
O setor público registrou, em setembro, superávit primário de R$ 27,756 bilhões de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira, 29, pelo Banco Central, o maior resultado mensal da série histórica do BC disponível na internet, com início em dezembro de 2001. O recorde anterior havia sido registrado em janeiro de 2008, quando o primário havia somado R$ 20,892 bilhões.
Conforme nota do próprio Banco Central, o superávit do Governo Central foi influenciado pelo recebimento de receitas da cessão onerosa pela exploração de petróleo, pagas pela Petrobras, em montante superior às despesas com a capitalização da Empresa.
Considerando-se apenas os meses de setembro, o reorde anterior era do ano de 2002, quando o resultado primário havia somado R$ 8,519 bilhões.
Em agosto, a economia para o pagamento de juros do conjunto formado pela União, Estados, municípios e empresas estatais, foi de R$ 5,222 bilhões e em setembro de 2009, registrou um déficit de R$ 5,763 bilhões.
No resultado do mês passado, o governo federal contribuiu com superávit de R$ 25,594 bilhões e os governos regionais, com superávit de R$ 1,653 bilhão. Já as empresas estatais tiveram saldo positivo de R$ 509 milhões.
No acumulado do ano, o setor público tem superávit de R$ 75,537 bilhões, o equivalente a 2,90% do PIB. Nos nove primeiros meses do ano passado, o superávit foi de R$ 37,714 bilhões (1,64% do PIB do período). Nos últimos 12 meses encerrados em setembro, o esforço fiscal foi de R$ 102,341 bilhões (2,96% do PIB). Nos 12 meses encerrados em agosto, o superávit era de R$ 68,822 bilhões (2,01% do PIB).
Superávit nominal é o melhor da série, diz Altamir
O superávit nominal de setembro, de R$ 11,782 bilhões, é o melhor resultado da série, iniciada em dezembro de 2001, segundo o chefe de Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes. Tanto em agosto quanto em setembro do ano passado, foi registrado déficit nominal de R$ 10,476 bilhões e de R$ 22,427 bilhões, respectivamente.
No acumulado de janeiro a setembro, ainda há déficit nominal de R$ 64,233 bilhões, o correspondente a 2,47% do PIB. No mesmo período do ano passado, o rombo era de R$ 87,260 bilhões, ou 3,80% do PIB. No acumulado de 12 meses até setembro, o resultado também segue negativo, em R$ 81,595 bilhões (2,36% do PIB).(Estado de São Paulo)
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