sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Frentistas cobram segurança em Niterói e São Gonçalo

erca de 20 postos de gasolina são assaltados diariamente nos municípios, denuncia sindicato. Entidade quer mais policiamento nas proximidades dos estabelecimentos

O Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado do Rio de Janeiro (Sinpospetro-RJ) encaminhou nesta quarta-feira ofício ao secretário de Estado de Segurança José Mariano Beltrame solicitando mais policiamento próximo aos postos de gasolina. O pedido foi feito um dia após a frentista Maria Luiza Gomes Oliveira, de 28 anos, morrer ao ser baleada numa troca de tiros no posto em que trabalhava às margens da Rodovia Presidente Dutra, em Jardim América. 

No documento, o presidente do sindicato, Eusébio Pinto Neto, solicitou ainda audiência com o secretário. No encontro, ele pretende entregar a Beltrame pesquisa realizada junto à categoria que mostra o crescimento do número de roubos aos postos de combustíveis em todo o Grande Rio. Segundo Eusébio Neto, a pesquisa revela que mais de 20 estabelecimentos são assaltados diariamente em Niterói e São Gonçalo, onde funcionam cerca de 350 postos de combustíveis. Na capital, onde existem 1.100 postos, a média de assaltos é a mesma.

De acordo com Eusébio Neto, a maioria dos assaltos acontece à noite e há casos em que vários postos foram roubados no mesmo dia pela mesma quadrilha. Ele diz que os donos dos estabelecimentos não costumam fazer o registro de ocorrência nas delegacias por se tratar de roubo de valor irrisório.
“Normalmente a quantia levada do caixa do posto é pequena, não passa de R$ 100, e acaba sendo paga pelo trabalhador, o que é contra lei”, completa Eusébio.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública informou que não iria se pronunciar sobre o assunto.


Rotina de assaltos em São Lourenço
Na edição do último dia 28 de agosto, O FLUMINENSE mostrou o drama do proprietário de um posto de gasolina na Rua São Lourenço, no bairro de mesmo nome, na Zona Norte de Niterói. Ele contou que o estabelecimento já foi assaltado 20 vezes, a última investida dos criminosos ocorreu na noite do dia 25 daquele mês. 

O prejuízo com rotina de violência contra o estabelecimento já teria ultrapassado R$ 12 mil. A última ação dos bandidos foi flagrada pelas câmeras de segurança instaladas na tentativa de identificar os bandidos e colocar um ponto final na rotina de assaltos.

“Comprei o posto há cinco anos e desde então o estabelecimento vem sendo assaltado. Não registrava queixa porque o prejuízo não era tão grande, mas se somar todas as vezes  o valor é exorbitante”, alegou o proprietário na ocasião, acrescentando que por questão de segurança, seus funcionários não ficam com mais de R$ 100 no bolso durante o expediente.noturno.

Bandidos fazem arrastão na Zona Sul

Os ataques a postos de gasolina não se limitam a bairros da Zona Norte de Niterói. Na Zona Sul, frentistas e donos de postos de gasolina também reclamam dos frequentes assaltos, que em sua maioria acontecem à noite. 

Em 13 de setembro deste ano, bandidos armados promoveram um arrastão contra postos de gasolina em Icaraí. Pelo menos três estabelecimentos teriam sido roubados no bairro. Os criminosos agiram em um Ecosport e uma motocicleta. O ataque dos criminosos aconteceu durante a madrugada.

A primeira ação ocorreu por volta da 1 hora, quando dois homens armados que estavam no Ecosport invadiram um posto na esquina da Rua Doutor Mário Viana com a Avenida Sete de Setembro. Após renderem os frentistas, eles roubaram R$ 280 do estabelecimento, que segundo os próprios funcionários, não possui sistema de monitoramento por câmeras.

Ainda durante a madrugada, uma dupla de assaltantes em uma moto assaltou o posto que fica na Avenida Roberto Silveira, esquina com a Sete de Setembro. Os bandidos levaram R$ 80, além de pertences dos funcionários. 

Logo em seguida, outro posto, de bandeira BR, foi assaltado na esquina com a Rua Lopes Trovão. Os bandidos, desta vez, levaram cerca de R$ 160.

“Não sabemos mais a quem recorrer. Trabalhamos com medo de sermos rendidos por homens armados que podem acabar com nossas vidas. Mas temos família para sustentar e não podemos largar o emprego”, desabafou um frentista.(Fluminense)

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