terça-feira, 23 de novembro de 2010

Polícia faz operações simultâneas em várias favelas do Rio

Pelo menos 10 comunidades estão sendo vasculhadas

Policiais civis e militares fazem operações simultâneas em cerca de dez favelas do Rio para tentar prender os criminosos responsáveis pela onda de ataques a veículos e cabines da PM. O chefe do Estado Maior da PM, coronel Álvaro Garcia, e o comandante do I Comando de Patrulhamento de Área, coronel Marcus Jardim Gonçalves, supervisionam as ações.

As ações ocorrem nas favelas Parque União e Nova Holanda, no complexo da Maré; Arará, em Benfica; Jacarezinho; Tuiuti, em São Cristóvão; Cotia, no Grajaú; Fallet e Fogueteiro, em Santa Teresa. Além disso, policiais civis de várias delegacias especializadas ocupam as favelas de Manguinhos e Mandela, em Manguinhos.  A ação conta com o auxílio de carros blindados e helicópteros.As incursões foram determinadas pelo comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte.

Todos os policiais nas ruas a partir de hoje

O Relações Públicas da Polícia Militar, coronel Lima Castro, anunciou nesta terça-feira a intensificação das blitzes, a presença maciça de PMs nas ruas da cidade e o reforço das operações nos morros. Em entrevista à rádio CBN, Lima Castro disse que todos os batalhões foram acionados para colocar em ação o maior número possível de policiais. O coronel informou ainda que a Avenida Brasil, Linha Amarela e Linha Vermelha receberão atenção especial, para evitar novos ataques a veículos.

- Neste momento, pedimos o sacrifício dos policiais. Sabemos que a escala da PM não é elástica, mas mesmo assim há necessidade do esforço de todos para enfrentar a onda de vandalismo - ressaltou o Relações Públicas. - Vamos buscar esses grupos criminosos nos seus redutos - garantiu.

Lima Castro também pediu o apoio da população nesta hora difícil para a área de Segurança. - É importante que a população tome conhecimento do empenho das polícias. As estatísticas são favoráveis. Há uma curva descendente de roubos e homicídios. Incomodados com a nossa atuação, os criminosos iniciaram essa onda de vandalismo que gerou medo na população - acrescentou o coronel.

- Isso nos incomoda. Temos que dar resposta, sim. As ações que o governo do estado adotou, mandando para fora do Rio os principais líderes das facções criminosas, a criação das UPPs e o programa de metas da Secretaria de Segurança, incomodaram estes marginais - enfatizou Lima Castro.

- Não me surpreende que as ordens para estes últimos ataques no Rio de Janeiro tenham partido de dentro do presídio federal de Catanduvas, no Paraná. Isso está sendo apurado pela área de inteligência da Secretaria - prosseguiu.

O Relações Públicas da PM disse ainda que a morte de duas pessoas na Rodovia Washington Luiz, esta manhã, não está relacionada com os últimos atos de vandalismo. Os dois estavam em um Honda Civic, que foi atingido por mais de 10 tiros. Segundo Lima Castro, as duas vítimas estariam em uma casa noturna, em Caxias, onde teria ocorrido uma briga. Na saída, os dois foram mortos.(JB)

Nota: A polícia está cada vez mais exigindo do policial, enquanto seu salário está cada vez mais achatado, o PEC 300 ainda não foi aprovado, está política de UPP só funcionará quando a rua também tiver um efetivo descente e com salário digno.


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário