quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Vice? Inter derrota o Chivas e é bicampeão da Libertadores


Colorado sai atrás, luta muito e consegue a virada. Rafael Sobis, Leandro Damião e Giuliano marcam e garantem o título sul-americano para o Brasil

Vice? Nada disso. Nesta quarta-feira, no Beira-Rio, quem comemorou o título da Libertadores foi o Internacional. Com gols de Rafael Sobis, Leandro Damião e Giuliano, o Colorado derrotou o Chivas por 3 a 2, e, como havia vencido no México por 2 a 1, acabou com a sina do vice dos clubes brasileiros nos últimos três anos e levantou a taça.

VICES BRAZUCAS
Em 2007, o Grêmio perdeu a final para o Boca Juniors (ARG); no ano seguinte foi a vez de o Fluminense ser derrotado pela LDU (ECU); e na temporada passada o Estudiantes (ARG) bateu o Cruzeiro na decisão.



Além disso, em 2006, quando o Inter foi campeão, o vice também foi um brasileiro (São Paulo). E em 2005, quando o Tricolor paulista levantou a taça, o vice também foi brazuca: Atlético-PR.



Vale lembrar também que o último brasileiro a sagrar-se campeão da Libertadores em cima de um clube de fora do Brasil foi o Palmeiras, em 1999, contra o Deportivo Cali (COL), nos pênaltis.

PRIMEIRO TEMPO

Apoiado pela grande torcida presente no Beira-Rio, o Internacional teve de driblar o nervosismo dos primeiros minutos para conseguir mandar no jogo.
Aos poucos, os chutões para a frente se transformaram nos toques de qualidade que marcam o estilo colorado de Celso Roth. A primeira chance veio em cabeçada do volante Sandro, que Luis Michel defendeu no meio do gol.

Mesmo com o domínio da partida, o Inter levou alguns sustos e pagou caro pelas oportunidades desperdiçadas. No primeiro, Fabián conseguiu um ótimo chute, que quase pegou o goleiro Renan desprevenido.

No fim, aos 44, o castigo: após cruzamento certeiro de De Luna, Omar Bravo tocou de cabeça para Fabián marcar num lindo voleio. Antes, o Colorado havia perdido pelo menos três gols.

Primeiro num chute fraco de Taison, que o arqueiro mexicano pegou; depois em uma falta cobrada com perigo por D'Alessandro; e por último em uma virada de esquerda do capitão Bolívar.

Aos 41, no entanto, a história poderia ter sido diferente. Tudo porque o árbitro Oscar Ruiz assinalou uma saída de bola de forma equivocada no ataque do Inter e ignorou o pênalti de Michel em Rafael Sobis.

SEGUNDO TEMPO

O Inter voltou igual para o segundo tempo. Inclusive com a postura, bem ofensiva. A primeira mostra de que o Colorado ainda acreditava numa conquista ainda no tempo normal foi a arrancada de Taison, que chutou de bico para a defesa atabalhoada do goleiro Michel.

A torcida, que não parou de cantar em minuto algum, enfim pôde soltar o grito de gol aos 16: Tinga fez boa jogada e rolou para Kleber. O lateral-esquerdo do Inter colocou na medida para Rafael Sobis empatar a partida. A partir desse momento a decisão ganhou, e muito, em emoção.

Discussões, faltas mais duras e ataques mexicanos tiravam o fôlego dos torcedores nas arquibancadas. De fato os mexicanos apelaram para o antijogo desde o apito inicial do árbitro.

E foi assim até o fim. Só que antes da primeira expulsão da partida, o iluminado Leandro Damião, que havia acabado de entrar no lugar de Rafael Sobis virou para o Inter: numa linda jogada individual, o atacante colorado roubou a bola no meio de campo, passou por um marcador e bateu fortemente para virar.
Aos 41, Arellano foi para a rua. O mexicano perdeu a cabeça, entrou forte no argentino D'Alessandro e levou o vermelho. Para coroar a festa, aos 44, o meia Giuliano, artilheiro do Inter na Libertadores, marcou o terceiro e saiu para o abraço. Já nos acréscimos, Araujo descontou para os mexicanos. Mas a alegria foi mesmo toda do Inter: 3 a 2 e o bi da Libertadores.

FICHA TÉCNICA:

INTERNACIONAL 3 X 2 CHIVAS

Estádio: Beira-Rio, em Porto Alegre (RS).
Data/Hora: 18/8/2010, às 22h (de Brasília).
Árbitro: Oscar Ruiz (COL).
Auxiliares: Abraham González (COL) e Humberto Clavijo (COL).
Renda/público: R$ 2.148.430,00 / 53.124 pagantes.
Cartões amarelos: Bolívar, Giuliano (INT); De Luna, Fabian, Bautista, Omar Bravo (CHI).
Cartões vermelhos: Araujo (CHI, 41'/2ºT).
Gols: Fabian, 42'/2ºT (0-1); Rafael Sobis, 16'/2ºT (1-1); Leandro Damião, 30'/2ºT (2-1); Giuliano, 44'/2ºT (3-1); Araujo, 47'/2ºT (3-2).
INTERNACIONAL: Renan, Nei, Bolívar, Indio e Kleber; Sandro, Guiñazu, Tinga (Wilson Mathias, 38'/2ºT) e D'Alessandro; Taison (Giuliano, 20'/2ºT) e Rafael Sobis (Leandro Damião, 27'/2º).
Técnico: Celso Roth.
CHIVAS: Luis Michel, De Luna, Reynoso, Magallón e Ponce (Escalante, 34'/2ºT); Báez (Vázquez, 36'/2ºT), Araújo e Fabian; Arellano, Bautista e Omar Bravo.
Técnico: José Luís Real. (Lancenet)

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