quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Ministério Público investiga condições em três estaleiros niteroienses

Promotor penal pede ainda inquérito trabalhista. Últimos acidentes com vítimas fatais agravaram a situação no setor. Metalúrgicos morreram este mês no Renave

Uma investigação minuciosa nos estaleiros de Niterói para avaliar as condições de trabalho. É o que solicitou o promotor Cláudio Calo, da 4ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal (4ª PIP) da 2ª Central de Inquéritos de Niterói ao Ministério Público do Trabalho em decorrência dos últimos acidentes ocorridos na indústria naval com vítimas fatais, como foi noticiado terça-feira na Coluna Informe.

No caso mais recente três metalúrgicos morreram e sete ficaram feridos, em uma explosão no dia 2 passado na embarcação Aku Arrow, com bandeira das Bahamas, que sofria reparos no estaleiro Renave, no Barreto. Os mortos são Nilson José Corrêa Júnior, de 24 anos, Luiz Antônio Miguel, de 50 anos, e Maurício Sérgio Pereira, de 36 anos.

Na 4ª PIP já há dois inquéritos por homicídio culposo contra duas empresas ligadas à indústria naval. Um contra a empresa Offshore Reparos Navais Ltda, num acidente ocorrido na manhã do dia 1º de julho de 2008. A vítima seria José Luis Pereira da Silva, que segundo a denúncia do MP, teria morrido em decorrência de inobservância de regra técnica de profissão por parte de empresa. O metalúrgico teria caído de uma altura de 10 metros no convés superior da embarcação.

O outro processo seria contra a Cortês Consultoria Técnica de Pintura Industrial LTDA, empresa que presta serviço para o estaleiro Mauá-Jurong. O fato teria ocorrido na noite do dia 1º de fevereiro de 2006, no interior da Plataforma P-16, no Estaleiro Mauá-Jurong. Segundo a denúncia do MP, o caso seria de inobservância de regra técnica de profissão, culminando com a morte de William Cerqueira da Silva, em decorrência de edema pulmonar e cerebral, decorrente de eletroplessão (choque elétrico).(Fluminense)

Um comentário:

  1. MEU PAI MORREU EM 2004, NESSE MATADOUEO ONDE CHAMAM DE ESTALEIRO RENAVE, ELE E MAIS DOIS TRABALHADORES A MINHA INDIGNAÇÃO É PELO DESCASO COM OS METARLUGICOS E PELOS SEUS FAMILIARES, PELO SOFRIMENTO ALHEIO.
    LEIDIANE CARNEIRO DE LIMA, FILHA DE ELIEZIO BARBOSA DE LIMA, MAIS UMA VITIMA DE APENAS MAIS UM DOS ACIDENTES QUE ACONTECEM NESSE MATADOURO

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