Equipe volta a vencer o Flamengo e vai para o jogo 4, no Rio, com vantagem. Após a partida, torcida invade quadra, e atletas rubro-negros são feridos
O caminho até o título ficou mais curto. A frustração gerada pela derrota no jogo 1 da série final do NBB contra o Flamengo se transformou em motivação e agora o Brasília só precisa de mais uma vitória para mudar uma escrita. Neste domingo, no ginásio Nilson Nelson, diante de 14.500 torcedores, a equipe voltou a derrotar o Flamengo: 85 a 84. Mas não sem sustos. A equipe precisou prender a respiração no último segundo, quando Marcelinho tentou uma bola de três que poderia lhe roubar a vitória. Com 2 a 1 na melhor de cinco, o time do Distrito Federal pode fechar a melhor de cinco no Rio, na próxima quinta-feira, e impedir que o atual campeão consiga erguer pela terceira vez seguida a taça.
Logo depois da partida, porém, a comemoração deu lugar a uma pancadaria generalizada. Torcedores do time da casa invadiram a quadra e entraram em conflito com os jogadores rubro-negros. O pivô Wagner acabou sendo atingido no rosto e terá de levar pontos. Já o assistente técnico André Guimarães passou mal com o spray de pimenta lançado e desmaiou no vestiário. Além de triste com a derrota, a equipe do Flamengo se despediu de Brasília revoltada com a falta de segurança no local.
- Eles não podem entrar. Olha como está isso aqui. Torcedor aqui dentro? Batendo em atleta? - reclamou, indignado, Wagner.
Ao contrário dos dois confrontos anteriores, foi o Brasília quem conseguiu abrir rapidamente uma boa vantagem nos primeiros dois minutos. A precisão nos arremessos longos de Alex e Arthur, que era dúvida devido a uma luxação no ombro direito, deram seis pontos de frente para o time da casa. Do outro lado, se Marcelinho seguia zerado, Hélio, Teichmann e Wagner apareciam como as melhores opções ofensivas do Rubro-Negro. Foram eles que levaram o time à virada (14 a 13) e conseguiram equilibrar o jogo. A contribuição de Marcelinho viria quase no fim do primeiro quarto, com um bola de três: 21 a 21.
Mas o Brasília seguia sem dar muitos espaços em seu garrafão e forçava o adversário a arremessar de fora. No entanto, a pontaria não era como habitual. Foram 15 tentativas e cinco acertos. Mais organizado no ataque, o time anfitrião desperdiçava menos as oportunidades. Arthur, que ficou no banco por seis minutos, voltou à quadra e parecia não se importar com as dores e a essa altura já era o cestinha da equipe com 10 pontos. Uma falta técnica cometida por Jefferson ajudou o Brasília respirar: 36 a 30. O cenário ficou ainda mais favorável quando Marcelinho teve de ir para o banco de reservas, após cometer a terceira falta. De lá, o capitão voltava a mostrar descontentamento com a arbitragem. E era o Brasília quem ia para o vestiário na frente: 42 a 38.
No intervalo, enquanto os rivais buscavam repassar as estratégias para o segundo tempo, o técnico da seleção brasileira, Rubén Magnano, analisava atentamente as estatísticas. Na volta, Alex e seus companheiros mostraram que estavam dispostos a selar logo a vitória. Foi a senha para que, mesmo pendurado com faltas, Marcelinho fosse para o jogo tentar diminuir o prejuízo que só aumentava: 54 a 41. Cometeu a quarta violação depois que Teichmann deixou a quadra para receber atendimento médico. Nesse tempo, seu substituto, Vitor Boccardo, perdeu duas chances que ajudariam a diferença cair. O Brasília só administrava o placar: 65 a 58.
A aparente sensação de conforto deu lugar à preocupação logo no início do último quarto. Dois chutes de três seguidos de Duda e Teichmann fizeram o Flamengo voltar para o jogo. Despertaram a torcida e os demais jogadores que contribuíram para que a vantagem fosse para 68 a 66. O empate viria a três minutos do fim: 73 a 73. A virada, com 58s, depois de um arremesso longo de Duda: 81 a 80. O Brasília foi ao ataque com Valtinho, mas não teve sucesso. Mas Hélio também falhou, pisando na linha quando puxava o contra-ataque rubro-negro. Restando 14s, Jefferson recolocou o Flamengo à frente com uma cesta de três: 84 a 83. No lance seguinte, Guilherme Giovannoni converteu dois lances livres. Ainda faltava um ataque. Mas, assim como no jogo anterior, a bola de três de Marcelinho não caiu.
(G1)
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