sexta-feira, 22 de abril de 2011

Município de Niterói segue na contramão da queda da criminalidade

Enquanto dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) apontam redução de crimes no Estado, registros nos municípios de Niterói e Maricá sobem e não acompanham queda

Os números de roubos a coletivos em Niterói e Maricá saltou 80% em fevereiro deste ano se comparado ao mesmo período do ano passado. Os casos de roubo de veículos cresceram 31% e o de assaltos a estabelecimentos comerciais subiram 36% nesses dois municípios. Os dados são do último balanço da criminalidade divulgado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio. Niterói e Maricá também não acompanharam a tendência de queda dos índices de homicídios do estado do Rio. 

Enquanto os números estaduais de mortes violentas caíram 23,5%, Niterói e Maricá apresentaram uma escalada de 46% nesses índices.

Em fevereiro de 2011 foram registrados 19 homicídios na região, contra 11 no mesmo período do ano passado. A maioria dos casos ocorreu na área da 82ª DP (Maricá), que teve sete ocorrências. Os demais aconteceram na jurisdição das seguintes delegacias de Niterói: 76ª DP (Centro), com duas ocorrências; 78ª DP (Fonseca), com quatro casos; 79ª DP (Jurujuba), com dois registros e 81ª DP (Itaipu), com quatro. As tentativas de homicídios também apresentaram aumento de 30% na região.

“Os números chamam atenção porque este ano o carnaval (época em que tradicionalmente ocorrem mais crimes) ocorreu em março e não em fevereiro como em 2010”, alega o comandante do 12º BPM, tenente-coronel Paulo Henrique Moraes, para tentar justificar os números.

Ele também afirma que mudanças na forma de captação dos dados também teriam contribuído para o aumento no número de crimes. “Esse ano, o ISP passou a considerar os autos de resistência (morte em confronto com a polícia) como letalidades violentas. No ano passado, esses índices ainda eram apresentados separadamente. Das 19 mortes apresentadas pelo ISP em fevereiro de 2011, 8 foram autos de resistência”, acrescenta sem explicar por quê, apesar de também serem atingidos por essas variantes, demais municípios apresentaram queda nos indicadores de violência. 

A escalada da violência da cidade parece não ter freio. Em março, um crime brutal ocorreu na Região Oceânica, área de jurisdição da 81ª DP. Na ocasião, a decoradora Amaly Olympia de Vasconcelos Taiul, de 53 anos, foi morta a pedradas quando dormia em sua residência, na Rua Frei Orlando, em Piratininga. Um pedreiro que prestou serviço para a vítima foi preso dias depois acusado do homicídio. 

O rapaz de 19 anos, aparentando problemas mentais, teria revelado detalhes do crime ao então delegado da distrital, Adílson Palácio.(O Fluminense)

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