Enquanto dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) apontam redução de crimes no Estado, registros nos municípios de Niterói e Maricá sobem e não acompanham queda
Os números de roubos a coletivos em Niterói e Maricá saltou 80% em fevereiro deste ano se comparado ao mesmo período do ano passado. Os casos de roubo de veículos cresceram 31% e o de assaltos a estabelecimentos comerciais subiram 36% nesses dois municípios. Os dados são do último balanço da criminalidade divulgado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio. Niterói e Maricá também não acompanharam a tendência de queda dos índices de homicídios do estado do Rio.
Enquanto os números estaduais de mortes violentas caíram 23,5%, Niterói e Maricá apresentaram uma escalada de 46% nesses índices.
Em fevereiro de 2011 foram registrados 19 homicídios na região, contra 11 no mesmo período do ano passado. A maioria dos casos ocorreu na área da 82ª DP (Maricá), que teve sete ocorrências. Os demais aconteceram na jurisdição das seguintes delegacias de Niterói: 76ª DP (Centro), com duas ocorrências; 78ª DP (Fonseca), com quatro casos; 79ª DP (Jurujuba), com dois registros e 81ª DP (Itaipu), com quatro. As tentativas de homicídios também apresentaram aumento de 30% na região.
“Os números chamam atenção porque este ano o carnaval (época em que tradicionalmente ocorrem mais crimes) ocorreu em março e não em fevereiro como em 2010”, alega o comandante do 12º BPM, tenente-coronel Paulo Henrique Moraes, para tentar justificar os números.
Ele também afirma que mudanças na forma de captação dos dados também teriam contribuído para o aumento no número de crimes. “Esse ano, o ISP passou a considerar os autos de resistência (morte em confronto com a polícia) como letalidades violentas. No ano passado, esses índices ainda eram apresentados separadamente. Das 19 mortes apresentadas pelo ISP em fevereiro de 2011, 8 foram autos de resistência”, acrescenta sem explicar por quê, apesar de também serem atingidos por essas variantes, demais municípios apresentaram queda nos indicadores de violência.
A escalada da violência da cidade parece não ter freio. Em março, um crime brutal ocorreu na Região Oceânica, área de jurisdição da 81ª DP. Na ocasião, a decoradora Amaly Olympia de Vasconcelos Taiul, de 53 anos, foi morta a pedradas quando dormia em sua residência, na Rua Frei Orlando, em Piratininga. Um pedreiro que prestou serviço para a vítima foi preso dias depois acusado do homicídio.
O rapaz de 19 anos, aparentando problemas mentais, teria revelado detalhes do crime ao então delegado da distrital, Adílson Palácio.(O Fluminense)
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