Doença cresce assustadoramente no estado e maior número de casos está concentrado nos bairros da Região Oceânica niteroiense. Menina de 10 foi sepultada nesta quinta-feira
Duas crianças, moradoras de São Gonçalo, morreram com suspeita de dengue na última quarta-feira em hospitais de Niterói. No Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, a vítima foi um menino de sete meses, e no Hospital de Clínicas Niterói (HCN), outra criança de 10 anos. Niterói também investiga a morte de um adulto de 44 anos, residente na cidade, que morreu no Hospital Municipal Carlos Tortelly, também com sintomas da doença, na terça-feira.
Segundo a Fundação Municipal de Saúde (FMS), o bebê de sete meses chegou ao Getulinho, levado pela mãe, Sabrina Pereira Mendes, 28, no final da tarde de domingo, dia 3, depois de ter sido atendido duas vezes no Hospital Darcy Vargas, em São Gonçalo, com quadro de infecção bacteriana, apresentando diarreia e sintomas comuns de dengue. A mãe já possuía, inclusive, o hemograma que acusava a suspeita. O menino recebeu hidratação e antibiótico.
No Getulinho, ainda foi feito outro hemograma, além de uma tomografia e ultrassonografia, e também uma hemocultura. Como o quadro evoluiu para hemorragia, a criança recebeu uma transfusão de sangue, mas morreu no início da manhã do dia 6. Segundo a FMS, o atestado de óbito indicou dengue hemorrágica. Mas a confirmação deste laudo ou morte por bactéria só sairá depois do resultado do exame de hemocultura.
O sepultamento do menino, Victor Huggo Mendes Pereira, aconteceu no mesmo dia no Cemitério de São Miguel, bairro onde a criança morava. Nesta quinta-feira, foi enterrado o corpo de Victória Domingues Maciel, de 10 anos, no Cemitério Parque da Paz, às 15h30.
Victoria morava no Barro Vermelho, bairro onde há um ano a dengue hemorrágica fez uma vítima, Elisabeth Freitas Barros Coelho, que morreu em 26 de março.
Cerca de cem pessoas, entre familiares e amigos, acompanharam o sepultamento. Abalada, Mônica de Almeida Domingues, 44, a mãe, passou mal. A irmã da vítima, de 19 anos, que, segundo a tia, Sandra Domingues Faria, aniversaria nesta sexta-feira, também estava desconsolada. O pai, o eletricista Eduardo de Oliveira Maciel, 45, buscava força em Deus para superar a perda. Ele critica a atuação das autoridades no combate ao mosquito transmissor da doença.
Segundo o pai, Victoria teria sido ainda vítima de negligência por parte da primeira unidade de saúde para onde foi levada, o Hospital das Clínicas de São Gonçalo (HCSG).(O Fluminense)
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