Categoria quer melhores condições de trabalho e reajuste salarial. Houve manifestação em frente à Alerj. Em Niterói, apesar da paralisação, praias não ficaram sem o serviço
Guarda-Vidas do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro começaram uma greve na manhã desta quarta-feira em todo o estado. Os profissionais reivindicam melhores condições de trabalho e um reajuste salarial. Durante todo o dia, os bombeiros acamparam em frente à Assemblaia Legislativa do Rio (Alerj) e fizeram passeatas na Avenida presidente Vargas, congestionando o trânsito. Segundo os manifestantes, algumas praias do Rio chegaram a ficar sem guarda-vidas. Em Niterói, no entanto, apesar de o efetivo ter diminuído, nenhuma praia ficou desguarnecida.
Os bombeiros alegam que os guarda-vidas do Rio recebem o pior salário do Brasil. Quem entra na corporação, recebe um salário inicial de R$ 950, enquanto que, em outros estados, o salário é de R$ 2 mil para o mesmo posto. De acordo com os profissionais, três reuniões já foram marcadas com o Governo do Estado, para discutir o problema, mas nenhuma delas chegou a acontecer.
Em Niterói, um bombeiro que estava de plantão no 4° Gmar (Itaipu), que preferiu não se identificar, informou que apenas dois dos 21 salva-vidas que estariam de serviço nesta quarta-feira, não aderiram à greve. Para que as praias não ficassem desguarnecidas, os bombeiros que estavam de plantão foram designados para fazer a vigilância à beira-mar. Cada praia ficou com pelo menos dois bombeiros, metade do habitual.
“Foi um acontecimento histórico, 96% dos bombeiros aderiram à greve. Em todos os meus anos aqui, eu nunca vi isso. Até o comandante do 4° Gmar foi trabalhar como guarda-vidas em Itaipu”, afirmou o bombeiro.
“Só soube da greve quando cheguei à corporação, tinha um colega na porta, dizendo que não era para eu entrar, que os outros guarda-vidas tinham ido para a Alerj. Mas eu conheço minha responsabilidade, fiquei preocupado com o fato de a praia de Itacoatiara ficar sem ninguém, principalmente hoje (nesta quarta-feira), que o mar está muito agitado. Então, eu e outro sargento resolvemos trabalhar”, contou outro guarda-vidas.
Esta não é a primeira manifestação dos bombeiros. No último dia 23, centenas de bombeiros e guarda-vidas fizeram um protesto no posto 12 do Leblon. O grupo chegou a ficar acampado em frente ao 17º GBM (Copacabana) para chamar a atenção do Comando Geral da corporação.
A assessoria do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro afirmou desconhecer qualquer tipo de greve na corporação.(O Fluminense)
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