terça-feira, 3 de maio de 2011

Incêndio no Gran Circo: 50 anos de uma das piores tragédias de Niterói


Profissionais da área de saúde que prestaram socorro às vitimas na época da catástrofe receberão honraria da Academia de Medicina do Estado do Rio de Janeiro no próximo dia 10

Gentileza gera gentileza e o carinho doado pelos médicos que cuidaram das vítimas da maior tragédia que Niterói já vivenciou, o incêndio do Gran Circus Norte Americano, será retribuído no próximo dia 10. A catástrofe completa 50 anos em dezembro e os profissionais de saúde que prestaram socorro às vitimas na época receberão honraria da Academia de Medicina do Estado do Rio de Janeiro.

Serão homenageados na solenidade os doutores Fortunato Benaim, da Academia de Medicina de Buenos Aires, e também o cirurgião plástico Ivo Pitanguy. Outros 27 profissionais também serão lembrados pela sua atuação.

“Logo depois do incêndio, um rádio amador brasileiro difundiu a notícia e pediu ajuda. A transmissão foi captada pelo Ministério da Saúde argentino, que perguntou se eu poderia colaborar”, disse Benaim, que, na época, era diretor do Instituto de Queimados de Buenos Aires.

O médico afirma que a experiência profissional e pessoal adquirida com a missão humanitária jamais será esquecida.

Os pacientes também não esqueceram.
“Eu tinha nove anos e o incêndio mudou minha vida. Tive queimaduras de até terceiro grau, fiquei internada por seis meses e, apesar de toda a dor dos enxertos de pele e das feridas, o carinho dos profissionais foi tamanho que nos encorajava a seguir em frente”, relembra Izabel Pires da Costa, hoje com 59 anos.

Para o doutor Alcir Chácar, presidente da academia, a homenagem do dia 10 é o reconhecimento pelo esforço em ajudar o próximo a “pessoas como o doutor Benaim, que ainda não recebeu este agradecimento”.

História -
O Gran Circus Norte Americano estava montado onde, hoje, existe uma policlínica do Exército, próximo à Praça Renascença, no Centro e a lona estava lotada no dia 17 de dezembro de 1961. Adílson Marcelino Alves, um operário demitido durante o processo de montagem do circo, colocou seu plano de vingança em prática com um galão de gasolina. A lona de náilon rapidamente foi consumida e 500 pessoas morreram queimadas ou pisoteadas.

Estavam no circo cerca de três mil pessoas e de todas as vítimas, estima-se que 70% fossem crianças. A tragédia é considerada até hoje um dos maiores incêndios em locais fechados do mundo.(O Fluminense)

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