No Engenho do Mato, 10 foram encontrados em uma casa. Depósito clandestino foi estourado na Avenida Maricá. Medidas para conter prática ilegal se intensificam no Rio
Época de festas juninas é também tempo de balões - embora a atividade seja ilegal e perigosa. E, nas últimas semanas, policiais vêm fazendo apreensões de grande quantidade de balões. Nos últimos nove dias, já foram encontrados 61 artefatos. Somente nesta quarta-feira, foram recolhidos 28 balões em São Gonçalo e Niterói. E, desde o dia 21, o Disque-Denúncia já recebeu 322 informações sobre balões.
Por volta das 5h30 da manhã desta quarta-feira, seis agentes da 81ª DP (Itaipu) localizaram 10 balões perto da Estrada do Vai e Vem, no Engenho do Mato. Os policiais chegaram ao local após receberem denúncias de moradores. As primeiras informações passadas aos inspetores da distrital davam conta de que um festival de balões aconteceria na região na terça-feira (Dia de São Pedro). Após passarem a madrugada toda fazendo ronda, um movimento de pessoas foi identificado. A polícia constatou que realmente o festival aconteceria. Os suspeitos fugiram e o material foi apreendido.
“O mais importante foi evitar que esses balões fossem para o ar. Eles poderiam causar incêndios de grandes proporções, como aconteceu no Rio de Janeiro”, alerta o chefe da 81ª DP, Fábio Lemos.
Já em São Gonçalo, policiais do Batalhão de Polícia Florestal e Meio Ambiente (BPFMA) apreenderam 18 balões, além de materiais para confecção, em duas operações na manhã desta quarta-feira. As informações que levaram ao local foram passadas pelo Disque-Denúncia.
A primeira operação aconteceu por volta das 10h30 na Rua Humberto Campos, 78, no Rocha. No local, os PMs encontraram 10 artefatos, dois medindo 20 metros, uma bandeira, dois maçaricos e três bocas. Todo o material foi levado para a 72ª DP (Mutuá). Também no período da manhã, um depósito clandestino foi estourado na Avenida Maricá, também em São Gonçalo. No local havia 8 balões, todos com mais de 20 metros. O maior media 32 metros de cumprimento.
Em nenhuma das operações houve presos. A confecção, venda e soltura de balões é crime previsto em lei e os acusados podem pegar até 3 anos de detenção.
Memória – Na última terça, policiais estouraram uma casa abandonada em São José de Imbassai, Maricá, que serviria como fábrica. No local, foram recolhidos 20 balões, alguns com mais de 20 metros.
No sábado, os agentes apreenderam quatro balões de aproximadamente dois metros cada e farto material para confecção no Gradim, em São Gonçalo.
Na terça-feira da semana passada, agentes fecharam uma fábrica de balões que funcionava em Inoã, distrito de Maricá e recolheram dois balões de 8 e 6 metros, maçarico e sete caixas de fogos, além de 33 caixas de bombas e quatro bocas de balão, entre outros materiais. O proprietário do imóvel foi preso.
Na segunda-feira anterior, outra residência foi localizada em Itaúna. No local foram encontrados sete balões, um com 22 metros, e material para fabricação. Um homem foi detido.
Desastre - O aumento de denúncias ao Disque-Denúncia deve-se, principalmente, à elevação do valor da recompensa, que agora paga até R$ 2 mil informações que levem a fábricas clandestinas de balões, festivais e comercialização. E o aumento da recompensa se deve a um incidente que culminou em uma grande devastação ambiental no Rio.
No último dia 16, a queda de um balão em uma área de preservação na zona sul do Rio provocou um incêndio que destruiu o equivalente a quatro estádios de futebol. Moradores do Morro dos Cabritos, da Ladeira do Sacopã e do Corte do Cantagalo, em Copacabana, saíram de suas casas e apartamentos assustados com o calor das chamas, que só foram controladas quase 24 horas depois de iniciadas.(Fluminense)
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