sexta-feira, 26 de março de 2010

Treinos na Baía de Guanabara abrem a temporada do Class 1

O Rio irá ouvir, a partir das 12h30 de sexta-feira, os primeiros roncos dos motores dos barcos que irão competir do GP Brasil Class 1 de Motonáutica – abertura da temporada mundial da modalidade. A corrida, trazida pela empresa EBX e inédita na América do Sul, ocorre na cidade até domingo e poderá ser vista da Marina da Glória, para o público pagante, e da Praia do Flamengo, gratuitamente.
Sexta-feira serão apenas treinos livres. Sábado, a partir das 10h, começa o treino classificatório, que irá definir o grid para a primeira prova, às 14h30 do mesmo dia. Esta primeira corrida irá determinar o grid da segunda prova, que começa às 14h30 do domingo.

Ao todo, serão sete barcos de cinco equipes, provenientes da Itália, Emirados Árabes, Noruega e San Marino. Cada barco é equipado com dois motores de 900 cavalos de potência – que podem levar os barcos de quase cinco toneladas a mais de 250 km por hora. Cada embarcação é tripulada por dois profissionais: um piloto e um throttleman, que comanda o throttle (injetor de combustível), sendo responsável pela aceleração e desaceleração do barco.

 A atual campeã mundial Victory, dos Emirados Árabes, vencedora do ano passado, chega ao Brasil com duas embarcações: a Fazza 3 – vencedora de sete dos nove GPs de 2009, e a Fazza 1 – que levou os outros dois prêmios do mesmo ano. 

Mais de um milhão de espectadores são esperados para assistir aos três dias do evento na Praia do Flamengo - por onde passa a reta principal do circuito. Já a Marina da Glória, onde também haverá lojas, restaurantes e DJs, pode receber até 3 mil espectadores pagantes.

A estrutura montada para o evento deve ser desmontada até seis dias após o evento, que segue para Arendal, na Noruega, sede da segunda corrida de 2010. Romênia, Itália, Abu Dhabi e Dubai serão outros destinos da temporada.

Norueguesa é a primeira mulher desde 1992

Dentre todos os corredores – pilotos e throttlemen –, um se destaca. Ou melhor: uma. É a norueguesa Marit Stromoy, da equipe Welmax Offshore, única mulher da corrida, que não tinha uma representante feminina desde 1992, com Monica Rampezotti. Antes de Monica, outras três mulheres haviam integrado o grid da competição: Giovanna Repossi, Amanuela Colletta e Betty Cook, campeã em 1977 e 1979.

– Se eu conquistar a metade do que a Betty conquistou já vou estar satisfeita. Sei que é a minha estreia na Class 1, mas não vim apenas para fazer turismo – declarou Marit, que nunca havia conhecido o Rio de Janeiro. 

Marit começou sua carreira de corredora em 1989, aos 12 anos. Em 2007, inovou, tornando-se a primeira mulher a competir no Formula 1 World Powerboat Championship. Desde então, a norueguesa já conquistou três títulos europeus na categoria S-550, além de competir nos Mundiais de F-2000, onde foi eleita "novata do ano" e nas 24 horas de Rouen, na França, onde subiu ao pódio três vezes. 
(JB)

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