terça-feira, 30 de março de 2010

Morte de doméstica atropelada na Alameda revolta moradores

Após o sepultamento da vítima, houve protesto na via expressa. Presidente de associação de moradores diz que este teria sido o quinto acidente no local em apenas uma semana

Duas manifestações tumultuaram o trânsito da Alameda São Boaventura, no final da tarde de ontem e noite de domingo. Os protestos foram por conta da morte da empregada doméstica Silvia Regina Paulino Monteiro, de 45 anos, atropelada por um ônibus da Viação Fagundes, linha 484 (Alcântara-Niterói), no final da noite de domingo, na faixa exclusiva, sentido Centro. A vítima chegou a ser encaminhada ao Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca, onde morreu em decorrência dos graves ferimentos. 

Logo após o acidente, o tumulto começou. Cerca de 20 policiais do 12º BPM precisaram intervir, quando moradores da região tentaram atear fogo ao coletivo, interrompendo a pista sentido Centro com paus e pedras. Testemunhas disseram que o sinal estaria aberto para os pedestres, e o motorista teria passado em alta velocidade. Já o motorista teria dito à polícia que o sinal estaria aberto para o coletivo quando Silvia cruzou a pista.

Ontem, após o sepultamento da doméstica, que levou mais de 200 pessoas ao Cemitério do Maruí, no Barreto, houve nova manifestação. Cerca de 50 moradores da Vila Ipiranga, onde a doméstica trabalhava, voltou a invadir a Alameda. 

O protesto interditou a via, na altura do número 617, por cerca de 30 minutos. Aos gritos de “Justiça” e “Corredor da Morte”, policiais do 12º BPM voltaram a intervir para dispersar os manifestantes.

Insegurança – O presidente da Associação dos Moradores da Vila Ipiranga, Celso Santos, disse que este teria sido o quinto atropelamento em apenas uma semana de funcionamento do Corredor Viário. Para ele, a reeducação dos pedestres deveria ser considerada tão importante quanto a conscientização dos motoristas. Os moradores pedem ajustes nos sinais, com exibição de cronômetros e instalação de grades ao redor das baias.

“A instalação das grades obrigará as pessoas a caminhar até a faixa para atravessar”, argumentou.

A NitTrans informou que o tempo semafórico está de acordo com as contagens para  travessia segura, mas prometeu intensificar o trabalho no Corredor com distribuição de panfletos e colocação de cartazes, destacando as condutas para evitar riscos.

A Viação Fagundes não se manifestou sobre o acidente até o fechamento desta edição.

(O Fluminense )

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