sábado, 13 de março de 2010

Novo incidente na travessia das barcas volta a assustar passageiros

Desta vez, embarcação ficou à deriva por cerca de 20 minutos perto da plataforma de desembarque, em Niterói. Usuários do transporte ficaram apreensivos

Pelo terceiro dia, um incidente prejudica a volta para casa de quem optou pela travessia de barca. Na noite de ontem, uma embarcação, a Neves V, que fazia a travessia da Praça XV para a Praça Arariboia, em Niterói, ficou à deriva por cerca de 20 minutos com mais de 900 passageiros a bordo. 

A embarcação - que havia deixado o Rio às 18h10 - estava próxima da estação de Niterói quando teve pane nos dois motores. A concessionária Barcas S/A culpou a sujeira nas águas da Baía como o responsável pelo incidente. A empresa alegou que galhos de árvores travaram as hélices, mas que o problema foi solucionado sem a necessidade de usar reboque.  

No desembarque, por volta das 18h45, houve um princípio de confusão. Um PM do 12º BPM (Niterói), chamado para conter os ânimos dos passageiros, teria sacado a arma durante o tumulto formado no guichê de reclamação da Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias (Agetransp). 

“Não tinha ninguém para nos atender. Só apareceram quando vários passageiros se aglomeraram no guichê. Além de tudo, fui empurrada e ameaçada pelo PM que, de arma em punho, me ameaçou. Nunca fui tão humilhada”, disse a psicóloga Karla Guimarães Siqueira, de 29 anos. 

O soldado Marcelo Almeida, do 12º BPM, se defendeu dizendo que sacou a arma para tentar manter a ordem. “Foi só por causa disso. Não ameacei ninguém e não agredi pessoa alguma.” “O descaso foi total. Outro absurdo foi a mesma barca com defeito - que veio se arrastando depois de ficar 20 minutos parada – sair novamente de Niterói para o Rio, com outros passageiros, como se nada tivesse acontecido. Foi por isso que a confusão se formou quando nós começamos a gritar para as pessoas não embarcarem”, relatou a advogada Amanda Todaro Martins, de 24. 

“A barca estava superlotada e o calor ficou insuportável quando ela ficou parada”, reclamou a analista de sistema Tatiana Rodrigues, de 29.  A assessoria da Barcas S/A informou que a embarcação só continuou funcionando normalmente porque o problema havia sido solucionado. A empresa negou que a barca estivesse superlotada e informou que sua capacidade é de 1,3 mil passageiros. Informou ainda que foram 13 e não 20 minutos de espera. Sobre o tumulto com o PM, não quis se pronunciar. Na terça-feira, um catamarã chocou-se contra um veleiro. Não houve vítimas, mas acidente causou transtornos. Na quinta-feira um homem teria caído na Baía e foi socorrido pela tripulação. O incidente atrasou a travessia.
(O Fluminense)

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