Lula abre agenda para encontrar o governador. Os dois vão discutir saída para o impasse criado pela Emenda Ibsen aprovada na Câmara, que faz o estado perder R$ 7 bilhões. No Congresso, Rio tenta mudar voto de 69 senadores
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador do Rio, Sérgio Cabral, discutem na segunda-feira uma saída para o impasse da divisão dos royalties do pré-sal. Lula participará, pela manhã, do V Fórum Urbano Mundial, que acontece no Rio. Ele decidiu permanecer mais tempo na cidade e abriu a agenda para discutir com Cabral uma alternativa à decisão da Câmara, que reduzirá em R$ 7 bilhões as receitas do estado com o petróleo. O governador aposta que o presidente vetará a Emenda Ibsen, caso ela seja aprovada no Senado.
“É mais fácil o Sargento Garcia prender o Zorro do que o presidente Lula não vetar essa barbaridade contra os estados produtores. Eu conheço o presidente. Ele é o presidente mais solidário que o Rio já teve”, disse ontem, após a inauguração da UPA 24 horas de Teresópolis.
A bancada de senadores do Rio terá muito trabalho para evitar que a emenda seja aprovada. A sinalização de que o embate na Casa será acirrado está nos discursos de parlamentares dos estados beneficiados pela proposta de distribuição de recursos. O senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB), por exemplo, deu o tom do grau de dificuldade que parlamentares de estados não-produtores terão para negociar a questão.
Ele advertiu que a discussão deve acontecer sem o risco do “atropelo pela maioria”. Mas deixou claro que se houver embate o Rio perde de goleada.
A bancada de senadores do Rio terá muito trabalho para evitar que a emenda seja aprovada. A sinalização de que o embate na Casa será acirrado está nos discursos de parlamentares dos estados beneficiados pela proposta de distribuição de recursos. O senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB), por exemplo, deu o tom do grau de dificuldade que parlamentares de estados não-produtores terão para negociar a questão.
Ele advertiu que a discussão deve acontecer sem o risco do “atropelo pela maioria”. Mas deixou claro que se houver embate o Rio perde de goleada.
“O endurecimento das posições, notadamente dos estados produtores, não interessa a ninguém, mas se o confronto for inevitável, o placar que se anuncia é o mais eloquente possível: 69 X 12. Isso porque somos 23 estados não-produtores interessados na mudança do modelo”, contabilizou.
(O Dia)
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