Ações para recolher os animais são intensificadas, mas não o suficiente para acabar com o problema em Niterói. Presença de cavalos e vacas também será combatida
Animais soltos na rua causam transtornos à população de Niterói. Além da sujeira, os moradores ficam apreensivos com possíveis doenças que podem ser transmitidas pelos bichos, além de possíveis ataques dos animais. O secretário de Segurança e Controle Urbano, Wolney Trindade, informou que em um mês de operações já foram recolhidos 185 porcos em toda a cidade.
No Bairro Chic, no Fonseca, os moradores sofrem com a presença de porcos. A dona de casa Joana da Silva, de 56 anos, diz que sente medo.
“Eles saem a qualquer hora para procurar comida, e deixam uma sujeira terrível. Fico assustada quando encontro um deles na rua, porque eles são muito grandes, faço o possível para evitar passar perto deles”, conta.
O aposentado Eugênio Moreira, de 58 anos, revela que alguns dos porcos têm donos, mas que eles são criados soltos pelas ruas.
“Quando a prefeitura faz a operação para recolher os animais, os proprietários os prendem, para soltá-los só no dia seguinte. Esses animais precisam ser vacinados, tratados por veterinários, não podem viver soltos assim. Eles fazem fezes nas ruas, que contêm vermes que causam doenças difíceis de serem combatidas”, queixa-se.
De acordo com o médico-veterinário do Departamento de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses (Devig), Fábio Villas Boas, é um problema de segurança e saúde pública.
“Esses animais saem em busca de alimento principalmente durante a noite. Além de revirarem e se alimentarem de lixo, podem provocar acidentes de trânsito, defecam nas ruas e, sem o devido controle sanitário, podem ser fonte de infecções virais, bacterianas e parasitárias”, explica Villas Boas.
A Secretaria de Controle Urbano tem feito operações constantes para recolher os animais. O secretário Wolney Trindade explica que, no início das operações, calculava-se que havia 260 porcos espalhados pelas ruas, mas graças a denúncias, foi descoberto que o número é muito maior.
“Agradecemos a população pela ajuda que vem nos dando. Já pegamos metade desses animais, agora vamos recolher a outra metade”, garante Wolney.
A operação continua nesta terça-feira, em hora e local não revelados, para não atrapalhar a ação.(O Fluminense)
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