Segundo os manifestantes, o dinheiro da venda de terreno em Niterói foi repartido entre os funcionários devido a um acordo com o Estado, em virtude de antiga dívida com a categoria
Aposentados do antigo Serviço de Transporte Coletivo do Estado do Rio de Janeiro (Serve) – posteriormente, CTC-RJ (Companhia de Transportes Coletivos) – protestaram na manhã desta segunda-feira na Rua Marechal Deodoro, em frente ao Supermercado Guanabara, no Centro de Niterói, denunciando suposta irregularidade no rateio do valor arrecadado com a venda, pelo Sindicato dos Empregados em Transporte Rodoviário de Niterói, do terreno, onde fica o antigo Abrigo dos Bondes, à rede de supermercados.
Segundo os manifestantes, o dinheiro da venda do terreno foi repartido entre os funcionários devido a um acordo com o Estado, em virtude de antiga dívida deste com a categoria. Os ex-rodoviários alegam, no entanto, que o resultado da divisão não condiz com o valor real da venda.
De acordo com o advogado Almir Braga, há dúvidas sobre o real valor da venda e quanto ao número de funcionários com direito ao rateio.
“O Sindicato diz que mais de 700 funcionários tinham direito à divisão, o que não bate com a listagem que possuímos, de apenas 601 trabalhadores”, diz.
Segundo o advogado, o valor da venda, alegado pelo sindicato, foi de pouco mais de R$ 13 milhões, que dividido pelos 601 trabalhadores resulta em pouco mais R$ 21 mil para cada um – e não R$ 14.590 conforme foi pago.
Enéas da Rocha Fernandes, 59 anos, acredita ter mais dinheiro a receber.
“Pelos nossos cálculos, devemos receber mais R$ 7 mil cada um”, polemiza.
O vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, Rubens dos Santos Oliveira, afirma que não houve qualquer irregularidade no processo de venda e divisão do dinheiro. Ele ressaltou que tudo foi resolvido em assembleia, da qual participaram mais de 400 funcionários da antiga estatal.
“O terreno foi vendido ao grupo do Guanabara por cerca de R$ 13 milhões, valor, inclusive, superior ao que o Sindicato havia adjudicado de R$ 8,810 milhões. Desse valor, conforme foi exposto em assembleia, tivemos que pagar R$ 1,762 milhão de honorários e R$ 483 mil do laudêmio, restando R$ 10,754 milhões para serem divididos entre 737 funcionários – e para quem duvida, a listagem está à disposição para ser consultada”, ressalta.(O Fluminense)
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