Menor baleada na comunidade está há cinco dias com bala alojada próximo à coluna. Troca de tiros levou escolas a suspenderem aulas. Granada e drogas foram apreendidas
Apoiados por um helicóptero, policiais do 12º BPM (Niterói) invadiram na manhã desta quarta-feira o Morro do Preventório, em Charitas, Zona Sul de Niterói, comunidade que segundo informações repassadas ao Disque-Denúncia estaria abrigando traficantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV) oriundos da Mangueira, no Rio, onde recentemente começou a ser implantada uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Houve intensa troca de tiros que teria motivado o fechamento da Escola Estadual Maria Pereira das Neves. A ação ocorreu cinco dias após uma estudante de 17 anos ser ferida por bala perdida, durante tiroteio entre os próprios traficantes.
Nesta quarta-feira, um grupo de agentes subiu pela mata, enquanto outro seguiu pelo acesso principal. No alto do morro, os policiais se depararam com os traficantes e houve intenso tiroteio. Os bandidos conseguiram fugir, mas deixaram para trás uma granada M20 com poder letal, 433 papelotes de cocaína, 58 sacolés de maconha, 338 pedras de crack, 200 frascos de plástico e uma arma de brinquedo simulando uma colt 45 Double Eagle.
“Ouvimos barulho de muitos tiros e tivemos que fechar a escola às pressas”, contou um professor da unidade.
Bala perdida – Na última sexta-feira, um grupo de moradores da comunidade do Preventório foi surpreendido por um tiroteio na praça em frente ao Ciep 449 - Governador Leonel de Moura Brizola, na Avenida Carlos Ermelindo Marins, em Charitas. Por volta das 23 horas, tiros que teriam partido da parte de baixo do morro atingiram a estudante de 17 anos, que estava com o grupo.
“Nós estávamos conversando quando ouvimos o barulho de tiro muito próximo e saímos correndo. A estudante já começou a correr com as mãos nas costas. Depois que a tensão passou percebemos que ela tinha sido atingida”, disse um dos jovens.
A moça foi levada para o pronto-socorro do Largo da Batalha e depois encaminhada para Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal). Depois de alguns exames, os médicos optaram por deixar a bala alojada próxima à coluna e dar alta à paciente, porque a retirada do projétil poderia ser arriscada, comprometendo os movimentos das pernas. A jovem passa bem, mas sente dores no local e ainda está traumatizada com a situação.(O Fluminense)
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