Interrupções no tráfego da Alameda São Boaventura, no Fonseca, geradas por caminhões que param para fazer serviços de carga e descarga, estão com os dias contados
As interrupções no tráfego da Alameda São Boaventura, no Fonseca, geradas por caminhões que chegam a ocupar mais de uma faixa na via e param para fazer serviços de carga e descarga, estão com os dias contados. O vice-presidente da Câmara Municipal, vereador Carlos Alberto Magaldi (PP), irá apresentar uma indicação legislativa na sessão plenária da próxima teça-feira, na Casa, para que a Prefeitura proíba o tráfego de veículos pesados nos horários do rush na via.
“Os moradores do Fonseca já não conseguem mais sair de casa. Farei uma indicação propondo que a NitTrans proíba o tráfego de caminhões das 6 às 10 horas e das 17 às 20 horas, que são os horários de rush. Penso em incluir pedido para que táxis possam transitar pela faixa exclusiva dos ônibus, para desafogar o trânsito”, informa Magaldi, que é morador do Fonseca.
O assistente administrativo Raphael Baltor, 26 anos, morador de São Gonçalo, todos os dias às 7h passa pela Alameda em direção ao trabalho no Rio de Janeiro.
“Os caminhões que circulam na via são de grande porte. Me deparei outro dia, às 7 horas, com um caminhão cegonha que estava carregado de veículos. Um pouco mais à frente me deparei com um caminhão que tinha 20 metros de comprimento, caminhão este que é especifico para o transporte de tratores e máquinas pesadas, e os mesmos trafegando tranquilamente junto aos veículos de passeio em pleno horário de rush, um completo absurdo”, reclama Baltor.
A Niterói Transporte e Trânsito (NitTrans), autarquia da Prefeitura responsável pelo setor, admite a possibilidade de implantar a medida.
“É uma proposta interessante, mas tem de ser avaliada a forma de fiscalização”, opina o presidente da NitTrans, Sergio Marcolini.
Em maio de 2008, o então prefeito do Rio Cesar Maia proibiu a circulação de caminhões e operações de carga e descarga nos dias úteis, nos horários das 6 às 10 horas e das 17 às 20 horas (de maior fluxo de veículos) na área da orla marítima e de 26 principais vias do Centro, Zona Sul e Tijuca, Méier, Vila Isabel (na Zona Norte), parte da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá, na Zona Oeste da capital. O objetivo foi diminuir os congestionamentos nos chamados horários de “pico”. Na época foram colocados painéis nas ruas informando os motoristas da medida.
A proibição só não se aplicou a veículos de socorro e emergência, transporte de valores, mudanças residenciais, serviços essenciais de utilidade pública desde que autorizados pela Prefeitura, além de caminhões de combustíveis que abastecem os aeroportos da cidade. A Guarda Municipal, a Coordenadoria de Vias Especiais e a CET-Rio ficaram responsáveis por fiscalizar a obediência à lei.
Mudança para ônibus
O vereador Carlos Alberto Magaldi (PP) também reivindica junto à Prefeitura que os ônibus deixem de trafegar pela Rua Desembargador Lima Castro e passem a usar a Rua Oscar Fonseca (ambas no Fonseca), antes da via, como uma medida para aliviar o intenso trânsito na região.
“A Rua Desembargador Lima Castro está muito sobrecarregada de carros de passeio, caminhões e linhas de ônibus. Eles poderiam voltar a entrar na Rua Oscar Fonseca, quando saírem da Alameda e entrarem depois na Travessa do Maia. O que ajudaria a desafogar o tráfego. O Município já estuda esta medida e deverá ser aplicada em breve. É uma reivindicação dos moradores do bairro. Também moro lá e vivo isso todos os dias”, explica Magaldi.
Hoje, ônibus das linhas 49 (Fonseca-Centro-Icaraí), 43 (Icaraí-Centro-Rua 22 de Novembro), 45 (Centro-Cubango), 34 (Viçoso Jardim-Centro) e 730 D (Castelo-Charitas) passam pela via.(O Fluminense)
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