Segundo delegado, mais da metade dos furtos registrados na área do Plaza ocorrem dentro do centro comercial. Nos últimos 20 dias foram registrados mais de 60 roubos
Uma simples ida às compras pode se tornar um pesadelo para alguns frequentadores do Plaza Shopping e para quem transita pelo entorno do estabelecimento e da Praça do Rink, no Centro de Niterói. De acordo com levantamento da Polícia Civil, só nos últimos 20 dias foram registrados mais de 60 roubos e furtos nessa área, sendo mais da metade das ocorrências no interior do shopping. Além do Plaza, os números dizem respeito apenas às vias Almirante Teffé, XV de Novembro e Avenida Visconde do Rio Branco, seu entorno.
“Mais da metade dos furtos daquela região, registrados nessa delegacia, ocorreram no interior do Plaza, onde as pessoas circulam com compras e quantidade significativa de dinheiro. Também observamos que se repetem as lojas nas quais acontecem esses crimes”, destaca o delegado titular da 76ª DP (Centro), Nilton Ferreira, lembrando que o número é ainda maior se for levado em conta que a maioria das vítimas não procura a delegacia para fazer o registro da ocorrência.
O delegado, inclusive, informou que vai pedir a seus policiais que orientem os seguranças do Plaza sobre como observar atitudes suspeitas e como agir quando houver a identificação de um criminoso. Ele criticou também a falta de câmeras que gravem imagens em alta definição e acredita que por essa falha os mesmos assaltantes estejam agindo de forma contínua.
“As câmeras de segurança instaladas nesses locais não permitem a visualização do rosto do criminoso e, portanto, não contribuem muito nas investigações. Como na maior parte das vezes trata-se de furto, as vítimas não veem os criminosos e não são capazes de oferecer suas características”, explicou o delegado.
Em nota, o Plaza Shopping informou que não tem poder de autoridade policial e que todos os profissionais de segurança são treinados e qualificados para identificar possíveis casos no empreendimento. Qualquer situação atípica é repassada para a autoridade policial da região.
Bolsas rasgadas com canivete e até casos de estelionato
Bolsas rasgadas com canivete e até casos de estelionato
Segundo o delegado Nilton Ferreira, criminosos se aproveitam da distração dos clientes do shopping enquanto observam vitrines ou provam roupas. Também existem casos em que as vítimas têm suas bolsas cortadas com canivetes, sem que percebam. Entre os bens mais roubados estão celulares e outros aparelhos eletrônicos, além de mercadorias recém-adquiridas.
“As pessoas costumam deixar as bolsas penduradas do lado de fora das cabines, na hora de provar as peças de roupa. Os vendedores das lojas estão normalmente ocupados e não podem garantir a segurança dos pertences. Por isso, as pessoas devem estar sempre com a bolsa dentro do seu campo de visão e, se possível, andar com ela virada para frente e se certificar de que todos os bolsos estão devidamente fechados”, orienta Nilton.
O estelionato está entre outros crimes registrados no interior do shopping. Segundo o delegado, bandidos oportunistas contam histórias como as do bilhete premiado, prometem grandes vantagens e acabam iludindo pessoas inocentes.
“As maiores vítimas nos dois casos são idosos e mulheres mais jovens. O bandido acredita que essas pessoas não apresentarão reação se perceberem que estão sendo atacadas e acabam se tornando presas fáceis”, explica.
Cabine vazia
Cabine vazia
Apesar do elevado número de roubos e furtos na região, a cabine da PM instalada na Praça do Rink, ainda nova, com vidros blindados e ar-condicionado, fica vazia a maior parte do tempo, como informam comerciantes e frequentadores do local.
“Passo aqui todos os dias e não me lembro de ter visto policial ocupando a cabine. Um dia recebi meu pagamento em uma agência bancária da Rua Aurelino Leal, passei na lotérica, paguei uma conta e todo resto do dinheiro foi roubado da minha bolsa, sem que eu visse. Acho que essas coisas poderiam ser evitadas se houvesse polícia por aqui”, opinou a cabeleireira Rosana Santos, de 43 anos.
O comandante do 12º BPM, tenente-coronel Paulo Henrique Moares, informou que a dificuldade de manter as cabines ocupadas deve-se ao baixo efetivo do batalhão. Ele garante, no entanto, que tem realizado rondas constantes no local e alternado o efetivo pelas várias cabines da cidade, incluindo a da Praça do Rink, em alguns turnos.( O Fluminense)
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