segunda-feira, 20 de junho de 2011

Colégio da Polícia Militar do Estado do Rio vai virar escola de sargentos

Pais de crianças matriculadas na instituição que funciona há mais de 5 anos na Alameda São Boaventura, no Fonseca, vão realizar protesto contra decisão tomada pelo comando geral

O Colégio da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (CPMERJ), que funciona desde 2006 na Alameda São Boaventura, no Fonseca, será fechado em dezembro deste ano. A informação foi confirmada pelo comando da PM. No local, onde atualmente estudam 400 crianças, passará a funcionar uma escola de formação de sargentos da corporação, que atualmente conta com cerca de 40 mil integrantes.

Pais de alunos ainda tentam se mobilizar para impedir o fechamento do colégio. “Ele não pode fechar. No Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), o colégio está em 1º lugar no município de Niterói, em 4º lugar no estado do Rio, e em 19º lugar no País. Temos, ao todo, 400 alunos matriculados, sendo 16 portadores de necessidades especiais e filhos de policiais falecidos”, disse Jussara de Oliveira, conselheira do colégio, lembrando que o movimento já recorreu ao Ministério Público (MP) e à Justiça. Ela promete uma passeata para protestar contra o fechamento nesta terça-feira, na Rua Soares Miranda, com início previsto para 8 horas.

O comandante Geral da Polícia Militar, coronel Mario Sergio, informou, em nota, que a PM está disposta a orientar os pais de alunos no momento da realocação de colégio. “A gente entende a angústia dos pais dos alunos, mas tentamos de todas as formas atenuar, tanto dando um prazo maior para que eles procurem outras unidades escolares, quanto atuando junto aos conselhos regionais de educação para buscar vagas de realocação”, diz a nota, lembrando que a decisão de fechar a unidade foi tomada em 2010, mas as aulas foram prorrogadas por 2011.

Enquanto isso, quem tem um filho no colégio, lamenta a decisão. “Era um alívio saber que nossos filhos estavam sendo cuidados e educados pelos nossos próprios companheiros, em um ambiente em que a criança não precisa ter medo de dizer qual é a profissão do pai. Além disso, com nosso salário dificilmente conseguiríamos pagar uma educação com essa qualidade. Seremos obrigados a matricular nossos filhos em colégios públicos”, disse um sargento PM.(O Fluminense)

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