terça-feira, 7 de junho de 2011

Baloeiros do Rio, São Gonçalo e Niterói entram na mira da polícia

Operações serão intensificadas nos festejos juninos. Sites de relacionamento que promovem encontros de grupos que praticam ato criminoso estão sendo monitorados

A polícia irá intensificar as operações para reprimir a prática dos baloeiros durante as festas juninas. Este ano os policiais do Batalhão de Polícia Florestal e de Meio Ambiente (BPFMA) já realizaram pelo menos 10 megaoperações que resultaram na apreensão de 75 balões e na prisão de 21 baloeiros.

No ano passado foram apreendidos pela polícia 200 balões e 50 pessoas foram detidas. Segundo o tenente-coronel Mário Márcio Fernandes, comandante do Batalhão, este ano a polícia conta ainda com a ajuda do tempo, já que as condições climáticas não estão sendo favoráveis à soltura de balões. 

“Devido à chegada de uma frente fria prevista para o longo da próxima semana, por exemplo, não devemos ter muito trabalho. No entanto, nossas equipes ficarão atentas e a postos para o combate deste e de quaisquer outros crimes ambientais”, frisou.

Rede - Entre os baloeiros parece já ter virado moda fazer uso de sites de relacionamento, blogs e comunidades para se relacionarem por conta de um interesse em comum: a confecção, a venda ilegal e a aventura de soltar balões. Vários sites exibem fotos, vídeos, e publicam depoimentos dos que veem a prática como “hobby”. Através da internet, também agendam encontros, festivais, eventos do grupo e até descrevem a disputa pela guarda do balão, como um boletim mensal de tudo o que acontece no meio.
Somente no Orkut, as comunidades já passam de 100, ainda com milhares de membros espalhados por toda Niterói, São Gonçalo, Maricá e Itaboraí.

O comandante explicou que os grupos on-line também são monitorados, mas afirmou que os maiores colaboradores para que a polícia identifique e apreenda os responsáveis, é a própria comunidade, através do disque-denúncia. 

“Sabemos de quase tudo o que acontece e o que é dito na internet, mas os infratores jamais iriam facilitar o nosso trabalho, postando os locais onde acontecem os encontros. O apoio da comunidade é fundamental para que o nosso trabalho aconteça”, comentou. 

O comandante lembra ainda que conforme estabelecido em lei, através do artigo 287 do Código Penal (CP), fazer apologia às práticas criminosas como soltar balão também é crime, com pena de detenção de três a seis meses e multa a ser estipulada pelo Tribunal de Justiça (TJ). Por isso, a tradição de soltar balões nesta época do ano deve ser revista.(O Fluminense)

Nenhum comentário:

Postar um comentário