Equipamentos de monitoramento serão instalados nas principais rotas de fuga usadas por bandidos que atuam na Região Oceânica do municípío. Dinheiro será captado entre empresários
A Câmara de Segurança da Região Oceânica (CSRO) apresentou ontem a proposta do sistema de videomonitoramento das vias públicas aos empresários e à população local, durante café da manhã em Piratininga. De acordo com o presidente da entidade, Renan Lacerda, estudo inicial prevê que sejam necessários investimento de R$ 1,2 milhão para a implantação e manutenção do sistema durante os dois primeiros anos. A CSRO firmou convênio, em março, com a Secretaria Estadual de Segurança Pública, que se comprometeu a oferecer toda infraestrutura da Polícia Militar necessária para a implantação do projeto.
A CSRO pretende captar esses recursos entre os empresários. O projeto prioriza o videomonitoramento das três principais entradas e saídas da região – Estrada Francisco da Cruz Nunes, Avenida Central e Estrada para Itaipuaçu, que servem como rotas de fuga, além de pelo menos duas vias secundárias como a Rua São Sebastião e a Estrada Frei Orlando.
“Quanto mais pessoas participarem, menor será o custo para cada um. Várias instituições, como bancos e concessionárias de automóveis, já sinalizaram que têm o interesse em investir no projeto, que por trazer segurança vai agregar valor aos negócios e aos imóveis da região. Pretendemos, na próxima reunião, que deve acontecer no dia 26 de julho, definir uma comissão para estudar a melhor forma de captação. Acreditamos que até setembro já esteja tudo funcionando”, acredita o presidente da CSRO.
O comandante do 12º BPM (Niterói), tenente-coronel Paulo Henrique Moraes, ressaltou a importância da integração do sistema aos outros projetos implantados na RO, como o sistema de ponto eletrônico, em que policiais são fiscalizados por um instrumento que verifica quantas vezes por dia é feita a ronda em locais pré-determinados.
“Não podemos pensar que segurança é ter apenas um homem fardado em cada esquina. Queremos que a segurança pública seja implantada com os mais corretos e modernos modos de administração. A câmera é um instrumento de segurança, mas não funciona se todo o sistema não estiver integrado. Precisamos ter condições de detectar um problema e poder agir, caso contrário, só sentiremos medo”, enfatizou o comandante, lembrando que o monitoramento das câmeras será feito em uma sala no DPO do Cafubá, por um funcionário contratado pela CSRO.
A servidora pública Angélica Câmara, moradora da localidade Maravista, em Itaipu, afirmou ter gostado do que viu na apresentação do projeto de videomonitoramento feita pela Câmara de Segurança. Segundo ela, além dos empresários, os moradores também devem colaborar financeiramente.
“Já instalei câmera com circuito interno na minha casa, muro alto, portão eletrônico, interfone, mas continuo me sentindo insegura. Há quinze dias minha mãe foi assaltada na porta da nossa casa e vários outros vizinhos já passaram por situações semelhantes. Achei o projeto de monitoramento muito interessante para viabilizar mais segurança. Se todos participarem vai sair barato”, ponderou.(O Fluminense)
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