quinta-feira, 30 de junho de 2011

Irregularidades cometidas por moradores em SG geram riscos


Construções no Jardim Catarina, Santa Luzia e Guaxindiba estão perto de adutoras da Cedae. Proprietários perfuram a rede e colocam canos para puxar a água clandestinamente

Alguns moradores do Jardim Catarina, Guaxindiba e Santa Luzia, em São Gonçalo, estão construindo suas casas próximo às adutoras da Cedae. Como os bairros não possuem água encanada, os proprietários dos imóveis perfuram a rede e colocam canos para puxar a água clandestinamente. A prática pode desgastar os canos e provocar uma ruptura na rede.

Apesar de a maior parte das adutoras ficar debaixo da terra, é possível ver essas ligações clandestinas na Rua José Rosendo de Souza, no Jardim Catarina Novo e na rua da Praça de Santa Luzia. Um funcionário da Cedae, que preferiu não se identificar, afirmou que a maioria das casas localizadas nesses bairros recebem água através de ligações clandestinas e que é quase impossível fazer essa fiscalização, devido ao difícil acesso a algumas ruas e também ao receio de adentrar as áreas consideradas de risco. 

A Cedae informou que já notificou as casas localizadas sobre adutoras da companhia nos bairros citados. A maior parte das construções em questão são irregulares, estando localizadas sobre a faixa de servidão (área não edificável assegurada por lei) das adutoras. As duas adutoras, porém, serão desativadas após a conclusão da nova adutora de água bruta, que estará 100% construída e em operação no primeiro trimestre de 2012 e, por isso, a companhia vai fazer um estudo para avaliar se, mesmo com a adutora fora de carga, ainda há risco. Uma equipe da companhia irá ao local nesta quinta-feira para vistoriar novamente os imóveis e confirmar se estão localizados na faixa de servidão das adutoras. 

Segundo a Cedae, a construção sobre estas estruturas pode danificá-las, provocando vazamentos de grande porte que podem trazer risco de vida e grandes prejuízos aos moradores de áreas próximas e até mesmo prejudicar o abastecimento de toda a área atendida pela tubulação.

Nas localidades onde não há rede formal, a Cedae esclarece que isso ocorre porque os imóveis foram construídos em área não edificante, mas, com o aumento da oferta de água, a companhia vai estudar assentar redes nestes locais. Nesta quinta-feira, um trecho de 6 quilômetros da nova adutora, de 15 quilômetros, será interligado ao sistema. A cedae destaca, no entanto,  que o benefício será percebido ao longo dos próximos três meses, com o sistema se adequando.(O Fluminense)

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