O trabalho de despoluição da Baía de Guanabara ganhará mais um reforço. É que a BG Brasil – companhia inglesa que atua no segmento de exploração e produção de petróleo e distribuição de gás natural – se uniu ao Projeto Grael em um programa de monitoramento da Baía, a segunda maior do litoral brasileiro. A partir deste mês, alunos do Projeto passarão a lançar boias com emissores de sinal por satélite – chamados de derivadores oceânicos – semanalmente para estudar as correntes marítimas e dados físico-químicos da água.
O objetivo desta parceria é, através do reconhecimento do movimento das correntes, auxiliar o trabalho de coleta do lixo flutuante, já que os resíduos tendem a seguir tais trajetórias. Os dados oceanográficos colhidos poderão ser acompanhados em tempo real pela internet e ser utilizados para os mais diversos fins científicos. Segundo a coordenadora de Projetos Ambientais do Projeto Grael, Valéria Braga, os dados colhidos facilitarão no reconhecimento dos pontos de convergência e divergência de material nas águas.
Com investimento de R$ 800 mil, o programa de monitoramento da Baía de Guanabara terá a duração de dois anos e meio. Serão disponibilizados três alunos do Projeto Grael – dois que ficarão na lancha e um dando suporte por terra – se revezando em turnos. A data prevista para o início das atividades ainda não foi definida, pois os alunos ainda passarão por treinamentos, mas a estimativa é que comecem já na primeira semana de abril.
Também participam desta parceria a empresa Pró-Oceano e os laboratórios de Meteorologia e de Modelos Computacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Despoluição
Com a realização dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, o Governo do Estado vai investir R$ 2,2 bilhões na despoluição da Baía de Guanabara. Os recursos serão direcionados principalmente ao tratamento de esgotos da Região Metropolitana, que até 2013 deverá alcançar 60% do total de efluentes tratados e superado a meta inicial de se tratar 58% do esgoto lançado na Baía.
Dos investimentos previstos para a primeira fase do Plano de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG), de US$ 1,2 bilhão, já foram gastos, até agora, US$ 989,3 milhões. Das ações de abastecimento de água e de esgotamento sanitário a cargo da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae), 84% já foram executadas. (Fluminense)
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