segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Operação vai reprimir a cracolândia na Praça JK

No local, cerca de 40 usuários e assaltos são frequentes. A ação conjunta foi desenhada durante a posse do novo comandante do 12º BPM (Niterói)

Universitários e moradores do Centro que passam pela Praça JK, em frente ao Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFF à noite, sofrem com assaltos praticados por cerca de 40 usuários de crack que ficam abrigados nas escadarias que dão acesso à garagem subterrânea no local. Ciente do problema, o secretário municipal de Segurança de Controle Urbano, Wolney Trindade, informou que fará esta semana, com apoio do 12º BPM (Niterói), operação para retirada dos “viciados”. A ação conjunta foi desenhada durante a posse do novo comandante,  tenente-coronel Sérgio Mendes Afonso, na última sexta-feira.

“Vou me reunir com ele e marcar a data. Mas será esta semana. Não posso agir sozinho porque os usuários andam armados com facas e revólveres e a Guarda Municipal trabalha desarmada. Os viciados passam o dia na prainha do Centro se drogando e à noite ficam nas escadas da praça e junto às pedras, saindo dali para assaltar os transeuntes”, reconhece Wolney, acrescentando que há quatro meses o 12º BPM se comprometeu a colocar mais viaturas no policiamento ostensivo da região. 

“O problema é complexo, pois se tiramos os usuários de um lugar, eles se mudam para outro. Também já ajudei a acabar com a cracolândia na Rua Joaquim Távora, em Icaraí e em uma praça próxima à Escola de Arquitetura da UFF, na Rua Passo da Pátria”, avalia Wolney.

Enquanto a ação não ocorre, o medo impera no local. “No último dia 11, às 20h40, fui vítima de dois viciados que circulam ali. Roubaram meu celular”, reclamou uma moradora.

Quando estão abrigados nas escadas que dão acesso à garagem atrapalham também a passagem de motoristas.  “Tenho que pedir licença, pois preciso passar em meio a colchões e televisores. Eles também fumam muita maconha e importunam a gente”, reclama um empresário que trabalha nas imediações.

O reitor da UFF, Roberto Salles, em nota oficial, diz que não tem conhecimento do fato, mas anuncia providências. “Consideramos o problema como de saúde pública. Entraremos em contato com as autoridades e cobraremos providências”, diz a nota.

A estudante Mariana Reis, integrante da direção do DCE, concorda com o reitor. “O Poder Público deveria colocar estes usuários em abrigos e dar tratamento”, defende.

A Niterói Park, empresa que administra a garagem subterrânea da praça, já pediu mais segurança no local. “Temos pedido à Secretaria de Segurança e Controle Urbano e ao 12º BPM mais policiamento. Uma viatura da PM fica no início da praça à noite, na hora do rush, mas, depois, vai embora. Queremos que fique o tempo todo”, pede o diretor da empresa, Marcelo Leiroz, acrescentando que dentro da garagem nunca houve nenhuma ocorrência.(O Fluminense)

Nenhum comentário:

Postar um comentário