Conselho entregou à Prefeitura documento com resultado de reunião entre reitor da UFF e estudantes da instituição, onde foi decidido apoio a paralisação imediata do empreendimento
O Ministério Público de Niterói irá apreciar a representação feita pelo Conselho Comunitário da Orla da Baía (CCOB) que pede o embargo imediato das obras da Avenida Litorânea – as vias Orla e 100. O projeto teria sido paralisado pela Universidade Federal Fluminense (UFF), que é responsável pelo projeto da Via 100, após a ocupação e uma série de protestos de alunos no prédio da reitoria da instituição.
Porém, a Prefeitura precisa que a UFF cumpra um acordo sobre a cessão de algumas áreas para viabilizar a Via Orla. E a expansão dos campi da UFF depende desses projetos – que visam reduzir o impacto viário gerado pelo crescimento da cidade universitária.
De acordo com o promotor Luciano Mattos, da Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Meio Ambiente, a representação irá passar por uma fase de análise, onde será estudado se o caso realmente deve ser investigado pelo Ministério Público. Ainda não há prazo para o parecer.
O vice-presidente do CCOB, Carlos Valdetaro, afirma que o pedido de paralisação das obras é antigo, anterior à mobilização estudantil. Valdetaro ainda afirma que o CCOB entregou à Prefeitura, na tarde de ontem, o documento resultante da reunião entre o reitor Roberto Salles e os estudantes, onde foi decidido o apoio a diversas reivindicações da classe estudantil, inclusive a paralisação das obras da Via Orla e da Via 100.
Segundo Elen Del Giudice, uma das coordenadoras do Diretório Central dos Estudantes (DCE), os alunos da instituição irão acompanhar uma reunião na próxima segunda-feira, entre o Sindicato dos Trabalhadores da UFF (Sintuff) e a reitoria e, na quarta-feira, farão uma assembleia para analisar os próximos passos do movimento. A Prefeitura de Niterói, através de sua assessoria de imprensa, informou que ainda não foi notificada oficialmente sobre a decisão da UFF.
Ocupação – Dezenas de estudantes da UFF passaram quase uma semana acampados na reitoria da instituição. Depois de descumprir mandados de reintegração de posse e se recusado a sair apesar da presença de forças policiais, eles acabaram deixando o prédio pacificamente, na última terça-feira, após uma reunião com o reitor. Segundo o DCE, a reitoria se comprometeu a atender diversas reivindicações dos estudantes, como suspender as obras da Avenida Litorânea e não implementar novos cursos pagos na universidade.
A reitoria da UFF não comentou sobre a suspensão das obras. Disse apenas que cerca de 70% das reivindicações dos estudantes já estavam dentro da pauta da universidade.(O Fluminense)
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