Projeto custou aproximadamente R$ 137,5 mil e contará também com o planejamento logístico da comunidade. Moradores estão ansiosos para receber as melhorias
O Morro do Estado receberá em breve obras de urbanização, infraestrutura e habitação. Um anteprojeto está sendo elaborado pela empresa Aurtografics Arquitetura e Planejamento LTDA, que deverá ser entregue no prazo de 120 dias.
O projeto custou cerca de R$ 137,5 mil e contará também com o planejamento logístico da comunidade. Os moradores estão ansiosos para receber as melhorias.
O morro é uma das maiores comunidades da cidade em número de habitantes e em densidade demográfica. É um bairro que possui características que o distinguem dos demais: a sua ocupação caracteriza-se pela forte segregação espacial em relação aos bairros vizinhos. Seu crescimento se manifestou da parte baixa para a parte alta e das bordas para o interior do morro, sem qualquer planejamento de infraestrutura e saneamento básico.
O reciclador Luiz Vanderlei Guedes, 48 anos, acredita que as obras ajudarão a comunidade e poderão torná-la referência assim como o complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.
“Se o projeto sair do papel e formos contemplados solucionará muitos problemas aqui da comunidade. Quem sabe poderemos nos tornar uma comunidade referência na cidade, com qualidade de vida e outras benfeitorias para os moradores, como educação ou talvez até um teleférico, como no Complexo de Alemão. Se aconteceu no Rio de Janeiro, aqui é possível também”, diz animado.
Apesar de não saber muito sobre o projeto a moradora da comunidade, Cilene Pereira da Costa, 34 anos, contou que espera ser contemplada com uma das casas do projeto habitacional.
“Durante as chuvas minha casa ficou comprometida, mas até hoje não recebi o Aluguel Social. Muitas famílias, assim como eu, não têm condições de fazer obras na casa e por isso gostariam muito de receber uma casa. Fico feliz em saber que a comunidade poderá ser contemplada com obras. Se é beneficio, é bem vindo”, conta.
Com as construções irregulares, muitas ruas tornaram-se inacessíveis, com isso a população acredita na proposta de abrir as vias da comunidade, para facilitar a entrada e saída de veículos.
“São muitos becos, por isso acredito que a abertura das ruas, assim como aconteceu na Rocinha (Zona Sul do Rio de Janeiro), seria o ideal para todos. As ruas facilitariam a entrada de carros e até mesmo serviços de emergência”, disse a autônomo José Silveira Bastos, 44 anos.
Outra proposta feita pelos moradores é a contenção de encostas, já muitas casas ficam em áreas de riscos. A autônoma Priscilla Matheus, conta que não consegue dormir nos dias de chuva, por temer ser soterrada.
“Minha casa fica próxima a uma encosta que esta cedendo, quando chove não durmo tenho muito medo de que tudo caia sobre a minha casa. Se realizarem obra de contenção poderei viver tranquila com a minha família”, desabafa a moradora da comunidade. (O Fluminense)
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