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quarta-feira, 23 de março de 2011

Deputado chama ministro do STF de 'moreno escuro' ao defender prisão especial para autoridades


O deputado Júlio Campos (DEM-MT) fez uma referência pouco formal ao ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF) durante uma reunião da bancada do partido na Câmara dos Deputados. Durante seu discurso em defesa da manutenção da prisão especial para autoridades no país, ele citou Barbosa como "moreno escuro".

"Todo mundo sabe que essa história de foro privilegiado não dá em nada. O nosso amigo Ronaldo Cunha Lima precisou ter a coragem de renunciar ao cargo para não sair daqui algemado. E depois, meus amigos, você cai nas mãos daquele moreno escuro lá no Supremo, ai já viu" (sic), afirmou o parlamentar, de acordo com o site do jornal "O Globo".

Campos chegou a afirmar que não iria pedir desculpas

Percebendo a repercussão, Campos alegou que esqueceu o nome do ministro no momento de sua explanação: "A gente não é obrigado a lembrar o nome de todo mundo, toda hora", completando que a imprensa deturpou sua afirmação. Ele chegou a afirmar ao site "MidiaNews" que não iria pedir desculpas a Joaquim Barbosa porque não houve maldade. Mas sua assessoria de imprensa divulgou nota informando que o deputado entrou em contato com o chefe de gabinete do ministro para desculpar-se por "eventuais constrangimentos" e que não tinha intenção de ofendê-lo ou desprestigiá-lo.(SRZD)

sexta-feira, 18 de março de 2011

DEM nega que Arruda captasse dinheiro para o partido

O presidente nacional do DEM, José Agripino Maia, negou nesta sexta-feira que o governador cassado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), tenha atuado como captador de recursos para políticos da legenda. Em entrevista à revista Veja, Arruda, que é apontado como chefe do escândalo conhecido como "mensalão do DEM", disse que parlamentares do partido que haviam pedido ajuda a ele para arrecadar recursos "não hesitaram" em o "esculhambar" quando estourou o escândalo.

"São informações totalmente infundadas que repilo à altura. Trata-se, provavelmente, de declarações de alguém profundamente magoado com parlamentares que exigiram sua saída imediata do partido por não tolerarem seu envolvimento com improbidades, algo inadmissível no DEM", disse Agripino em nota à imprensa.

Na entrevista, Arruda observa que jogou "o jogo da política brasileira" ao captar recursos de empresários e garantir "retorno, por meio de facilidades na obtenção de contratos com o governo ou outros negócios vantajosos". "Ninguém se elege pela força de suas ideias, mas pelo tamanho do bolso", resumiu.

Sobre o atual presidente do DEM, o governador cassado explicou: "em 2008, o senador Agripino veio à minha casa pedir R$ 150 mil para a campanha da sua candidata à prefeitura de Natal, Micarla de Sousa (PV). Eu ajudei, e até a Micarla veio aqui me agradecer depois de eleita".

Entenda o caso

O mensalão do governo do DF, cujos vídeos foram divulgados no final de 2009, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.

O então governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".

As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.(Terra)