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sábado, 19 de março de 2011

Alto nível de radiação é detectado a 30 quilômetros da usina de Fukushima


Segundo o ministério da Ciência japonês foram detectados altos níveis de radiação num raio de 30 quilômetros da usina de Fukushima, cujos reatores foram abalados pelo terremoto que atingiu o Japão há uma semana.

Especialistas ouvidos pela rede japonesa NHK, disseram que seis horas de exposição à radiação emitida pela usina corresponde ao nível máximo considerado seguro para um ano. Apesar disso, os níveis encontrados não representariam uma ameaça imediata para a saúde.

Os testes foram feitos entre 9h20 da manhã de quinta-feira e 3h da manhã desta sexta (no horário local). A orientação do governo para as pessoas que moram entre 20 e 30 quilômetros da usina era de permanecer em casa, com portas e janelas fechadas.

O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, afirmou nesta sexta-feira que o nível de radiação em Tóquio não é perigoso. O diretor da agência da ONU também anunciou que o órgão planeja uma reunião extraordinária sobre as usinas nucleares do Japão, na próxima segunda-feira.

Em uma declaração feita hoje, o chefe do gabinete japonês, Yukio Edano,disse que "a escala sem precedentes do terremoto e do tsunami” que atingiu o Japão estão “entre as muitas coisas que não tinham sido antecipadas na nossa gestão de desastres planos de contingência”.

Alimentos passarão por teste de radioatividade

O governo japonês recomendou que as autoridades de localidades próximas a Fukushima façam testes para medir o nível de radioatividade nos alimentos disponíveis em mercados e lojas de conveniência.
Os testes serão realizados nas cidades próximas a Fukushima, segundo informou o vice-ministro do Trabalho, Saúde e Bem-Estar do Japão, Kohei Otsuka, que também afirmou que até o momento não foram registrados relatos de que os alimentos tenham sido contaminados por radiação.

Acidente é reclassificado

Ainda nesta sexta-feira, a Agência de Segurança Nuclear do Japão elevou de 4 para 5 o nível de gravidade do acidente nuclear na usina de Fukushima. O índice da Escala Internacional de Eventos Nucleares e Radiológicos (INES, pela sigla em inglês) varia entre 0 e 7.

O nível 5 se refere a acidentes nucleares "com consequências de maior alcance", enquanto o grau 4, no qual os incidentes eram avaliados até agora, define acidentes "com consequências de alcance local".

O nível 7, o mais alto na escala de medição, corresponde à liberação ao exterior de materiais radioativos com amplos efeitos na saúde humana e no meio ambiente.

O acidente na usina de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, é até hoje o único caso no mundo em que o nível máximo foi atingido.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Wikileaks: Japão foi avisado sobre deficiência na segurança das usinas


O governo japonês foi alertado, há mais de dois anos, que as regras de segurança das centrais nucleares estavam fora de data e fortes tremores poderiam causar "um problema grave". A informação está em telegramas oficiais obtidos pelo site Wikileaks e publicada nesta quarta-feira pelo jornal britânico "The Telegraph".

Um funcionário da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse que em dezembro de 2008 a segurança das usinas nucleares japonesas estavam desatualizadas. O governo do Japão havia se comprometido a aumentar a segurança em todas as usinas, segundo o Wikileaks.

Os avisos sobre a segurança das usinas nucleares no Japão, um dos países sismologicamente ativos do mundo, foram abordados durante uma reunião sobre segurança nuclear do G8 e do Grupo de Segurança em Tóquio, em 2008.

Ainda no documento divulgado pelo Wikileaks, um funcionário da AIEA explicou que os guias de medidas para segurança sísmica só foram revistos por três vezes nos últimos 35 anos e que a agência está reexaminando agora.

Desde o terremoto com magnitude 9,0 de sexta-feira, a usina nuclear Fukushima Daiichi 1, no nordeste do Japão, sofreu quatro explosões e dois incêndios. A situação espalhou uma onda de medo sobre uma possível contaminação radioativa no país.(SRZD)